Sky - Novas Espécies [L4]

Capítulo 22

1 mês depois

Depois daquele dia minha rotina ficou bem mais agitada, eu precisei ter uma conversa séria com Justice sobre o casamento com Sky. Sabiamos que surgiria murmúrios e talvez vazasse algumas coisas para a imprensa era impossível manter as pessoas caladas principalmente quando vários humanos entram e saem daqui todo os dias.

Eu basicamenfui ameaçado oito vezes antes de receber sua bênção para o casamento, engraçado como a vida nos prepara para esse tipo de coisa. Não imaginava que com trinta anos eu acharia alguém que mudasse minha vida e me fizesse um homem de verdade, bom eu achei e não quero nunca perde-la. Só foi necessário um olhar para reconhecer que nunca mais acharia o caminho de volta a sanidade e para falar a verdade eu quero mesmo é que esse caminho se exploda.

Pedir demissão foi o marco dessa decisão, Matt chorou rios de lágrimas quando eu disse que estaria me mudando para Homeland, tinhamos uma amizade antiga já que moramos juntos no mesmo orfanato por dois anos. Escolhemos a carreira de arquiteto para continuarmos juntos apoiando um ao outro mas o dia da despedida sempre chega, ele se casou e tem uma família e eu também preciso disso, preciso ser feliz.

Lilian quase desmaiou com a notícia e disse que queria fazer um casamento enorme e que contrataria tudo que uma noiva sonha já que Cosima provavelmente não vai querer se casar. Ela queria despencar sobre Sky todos os seus sonhos como mãe, precisei de muita paciência e lábia para explicar que Sky era tímida e não gostava de coisas estupefadas mas tinha sim um sonho de uma cerimônia diferente. Desde então ela está aqui em Homeland organizando tudo com a ajuda das mulheres espécies.

Finalmente tirei um tempo para sentar um pouco e descansar, Sky estava na prova do vestido e eu me joguei na cadeira do escritório e encarei o papel em minha frente, segurei firme a caneta e comecei a escrever.

Querida Cosima.

Como você está mana? Sinto sua falta, desde aquela ligação você só mandou uma carta e me deixou muito preocupado. Não sei se recebeu todas as outras cinco que te enviei mas espero que só esteja sem tempo de escrever.

No sábado vai ser o meu casamento, eu te falei nas cartas anteriores mas acho bom reforçar, eu estou muito feliz com tuso isso e queria que estivesse aqui também.

Sei que essas missões demoram para acabar e que você ama o que faz mas se estiver cansada de tudo isso eu posso arrumsr um emprego para você aqui em Homeland, seria bom se afastar de armas um pouco.

Sky está ansiosa para te conhecer, Lilian está enchendo ela de mimos e não para de falar em como estava guardando tudo isso para o dia em que você se casasse, embora eu lembre que você nunca gostou de laços muito apertados com qualquer pessoa que não seja da família.

Tenta mandar algum sinal de vida se puder, ligação, mensagem ou alguma chamada com código Morse. Não imagina o quanto estamos preocupados com você, eu principalmente. Bom, não tem mais nada que eu não tenha dito nas cartas ateriores, eu te amo Mérida e estou esperando seu retorno como sempre estarei.

Com amor, Lucca N.

Dobrei a carta e a coloquei em um envelope marrom, escrevi o endereço fantasma atrás que daria no comboio de suprimentos da semana, algumas lágrimas solitárias caíram sem minha permissão e me apressei em seca-las.

- Lucca? Está pronto para a aula? - Light estava na porta vestindo sua habitual jaqueta de couro e o sorriso estampado, assenti fazendo sinal para que entrasse. - Não parece muito bem.

- Estava escrevendo uma carta para a minha irmã caçula, a garota da foto. - apontei para o retrato sobre a mesa, ele o pegou e arqueou a sobrancelha.

- É uma fêmea muito bonita. - o encarei sério com o rosto franzido.

- É minha irmã. - resmunguei com ciúmes, eu não gostava quando a elogiavam, homens tem mentes pervertidas.

- Não disse o contrário só falei que é uma fêmea muito bonita. - peguei o retrato e o virei para baixo da mesa.

- É, linda. Mas é minha irmã e eu não gosto que outros homens fiquem olhando. - meu ciúmes idiota me transformava, as vezes eu esquecia que ela vivia em uma guerra com centenas de homens pervertidos ao seu redor.