Horas pareciam dias e dias pareciam semanas, era rotina aquilo tudo acontecer diariamente, eu não tinha forças para lutar ou me defender, mal era alimentado com o que sobrava das refeições deles, pedia a Deus para acabar com o meu sofrimento, queria morrer.
Não sei ao certo quanto tempo estou aqui, perdi completamente a noção em relação a isso, e meu pai, será que está bem, será que ele ainda pensa em mim, lembra de mim ou está me procurando? Eu preciso ser forte e arranjar um jeito de sair desse lugar.
Alexandre
Já era tarde da noite, e tudo o que mais queria era chegar logo em casa e ir para os braços do meu amado filho, sentir seu toque, seu cheiro, seu beijo, senti-lo perto de mim. Quando entrei no apartamento estava um silêncio e as luzes apagadas, olhei o celular para ver se tinha alguma mensagem ou ligação de Joseph, mas não tinha nada. Liguei para o seu celular e dava desligado. Logo comecei a me desesperar, olhei por todos os cantos e nada.
Já havia passado semanas desde que Joseph desapareceu, a polícia já não sabia o que fazer para tentar encontra-lo, as imagens de segurança só mostram ele entrando no elevador do prédio e que tinha outra pessoa com ele.
Eu não sabia mais o que era uma noite de sono, não conseguia dormir, nem tirar Joseph da minha cabeça, eu quero meu menino. Não recebi nenhuma ligação pedindo resgaste nem nada. E a cada dia que passa eu perco ainda mais as esperanças de encontrar meu filho com vida.
O interfone do prédio toca e eu ignoro, não quero ver e nem falar com ninguém, deixei tocar até que caísse, mas novamente voltou a tocar.
- Alô! - atendi enfático. - Rafael, Como ele sabe onde eu moro? Deixei-o que suba. Desliguei o Interfone e ansioso para chegada de Rafael, no primeiro toque da campainha já abri a porta.
- Boa noite, senhor Alexandre. Me cumprimentou enquanto eu avaliava o seu estado, estava acabado, semblante triste.
- Boa noite, veio infernizar a minha vida e do meu filho novamente? Não se preocupe que meu filho está desaparecido a semanas, acho que isso vai te deixar feliz. - falo isso e faço menção de fechar a porta mas ele me interrompe.
- É justamente sobre isso que quero falar com você, eu estava com Joseph, ele foi sequestrado.- não tive reação. - E as pessoas que estão com ele, não querem dinheiro, querem sangue e não vão parar. - Aquelas palavras ecoaram na minha cabeça, e logo senti minhas pernas faltarem e meus joelhos irem de encontro ao chão. - Senhor Alexandre!?- Rafael me segurou e me guiou até o sofá.
- E como você sabe? É você que está por trás disso não é seu cretino? fala onde estar o meu filho, agora. Minha voz chorosa saiu estrondante e ecoando pela sala.
- Eu jamais faria isso, eu já superei o que sentia pelo Joseph, mas acho que agora não é hora de falar sobre isso, ele está correndo muito perigo, se não fizermos algo agora ele pode morrer. Cada palavra que Rafael me falava doia mais ainda.
- como é você sabe dessas coisas ? - eu já não raciocinava.
...
O começo da explicação está no capítulo 24 e a continuação estará no próximo capítulo. Aguardem!!
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Amor proibido - Livro 01 (Romance Gay)
RomantikApós a morte de sua esposa, Alexandre passa a focar no trabalho e nos tempos livres dedica-se a seu filho único, Joseph um jovem de 19 anos que também sofria com a morte da mãe. Com o passar do tempo o filho que era gay incubado, resolve se assumir...