🐺 Don't say 'maybe' again - Robb Stark/ GOT 🐺

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Game Of Thrones ;)

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Imagine que...

Você era uma Frey, uma das filhas de Walder. Quando seu pai fez o acordo com Catelyn Stark de que permitiria seu exército passar pelas gêmeas em troca de algumas coisas, e a mão de uma de suas filhas á Robb Stark sendo uma delas, você nunca imaginou que ele lhe escolheria. Na verdade, a septã que havia lhe ensinado e às suas irmãs dizia que todas tinham chance, mas entre elas você era a menos destacada.

Não se negava que você tinha beleza, mas não com as cotas de malha e couro que você usava por sempre estar encima de um cavalo praticando tiro ao alvo com seu arco e flecha na floresta, e quando não próxima a uma janela lendo pilhas e pilhas de livros. Era muito indelicada para sempre estar entre as donzelas, muito donzela para estar entre os senhores, e muito quieta para ser percebida em algum lugar.

A septã, depois da promessa que o Rei do Norte desposaria uma das Frey, agora ficava no pé de todas, o que não era fácil tendo em vista que Walder havia tido mais filhos do que uma cadela poderia parir. Mas era mais fácil com as outras, que ficaram tão contentes com a ideia de se casar com um rei que sempre andavam como a mais delicada, educada e perfeita moça dos Sete Reinos. Sendo assim, a atenção da Septã era exclusivamente sua, para o fim de te moldar como uma lady.

Aquele dia já havia amanhecido agitado pelos corredores frios e escuros do castelo Frey. As moças histéricas e contentes, Lorde Frey irritadiço logo cedo, a septã no seu encalço desde que despertara. Quando você somente queria ler as últimas páginas do seu livro e depois escalar a árvore mais alta da floresta para observar o sol matinal que se estendia pelos reinos ainda naqueles dias. O inverno está chegando. O lema dos Stark que você sempre concordou, mas não conseguia ao menos imaginar. Você era muito pequena desde o último inverno.

Enquanto você travava a mandíbula e segurava a língua para não praguejar e mandar a mulher para os sete infernos, ela andava de um lado para o outro pelo seu quarto, lhe dando mais um sermão por não ter penteado os cabelos antes de dormir, o que explicava o ninho de águias sobre sua cabeça.

Uma serva tentava cuidadosamente desembaraçar os fios com um pente de marfim, enquanto outra apertava as cordas do seu espartilho. Seus olhos lacrimejavam pela dor no coro cabeludo, mas a mandíbula permanecia travada. Deveria ser graciosa como uma garça, como recitou sua Septã.

Seus cabelos eram acima dos ombros, curtos, quando os das outras moças caiam pelas costas como cascatas. Você se lembrava bem do dia que os cortou, não gostava deles longos, lhe deixava como as outras, parecia delicada como as outras. Mas ainda assim eram difíceis de pentear, e a pobre serva tentava ao máximo não lhe causar dor.

Lhe colocaram em seu vestido, longo e azul, delicado caindo aos pés, sem volumes. As criadas cuidaram do seu rosto, calçaram seus sapatos e lhe perfumaram. Isso duraria tanto tempo, mas quando viu já havia terminado, pois você estava perdida na história de uma moça que conquistava a confiança de um dragão dos Targaryen e viajava por todos os Setes Reinos sobre ele, até para além da Muralha, queimando os Caminhantes Brancos que ameaçavam ultrapassá-la. Essa moça nunca seria você...

- Será que posso ir até o bosque, com sua permissão? - Se dirigiu a septã, lembrando-se que ela não recusaria caso você pedisse educadamente

- Posso saber o que pretende fazer no bosque essa hora da manhã, senhorita? - O olhar duro e severo em você, enquanto por dentro você virava os olhos por perceber o quão intimidadora ela tentava soar, e conseguia

- Pretendia rezar diante da árvore sagrada pelo reino e nós aqui no castelo, para que não sejamos atingidos pela guerra. Sabe, temos sorte pelos nossos portões, o que muitas pessoas não têm e pretendo agradecer por isso e pedir misericórdia para vida delas - Soando o mais inocente possível, sua expressão pareceu se suavizar com sua declaração

I.M.A.G.I.N.E.SOnde histórias criam vida. Descubra agora