. prólogo

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— Inacreditável! — Praguejo ao impedir que o homem arranque minha cabeça com minha espada. — Ei, querido? Isso é meu! — Indico com a cabeça uma caixa de madeira mediana.

— Não é mais! — O homem grita tentando me dar outro golpe porém é impedido por um gancho que trava seu ataque.

— Aqui não, senhor! — Killian mostra um sorriso cínico empurrando o homem e eu tomo conta de outro que vinha por suas costas, o mesmo solta um grito de guerra e ergue sua espada mas lhe acerto um chute no estômago e cravo a espada em seu ombro. O homem solta um grito de dor agora com sangue recente pingando no chão do convés.

— Você quem vai limpar isso, gracinha. — Killian diz segurando minha cintura para me girar e terminar meu serviço, corro até outro ladrão e tomo impulso, pulo usando a perna do mesmo como apoio, assim como a barriga e os ombros finalmente cruzando minhas pernas em seu pescoço o enforcando, giro meu corpo e isso faz o do homem ir ao chão. Finalizo o mesmo com um chute na cabeça.

— Essas não foram as férias que eu estava pensando. — Afirmo pegando minha espada que Killian me entrega depois de jogar o homem ao mar.

— Você que se iludiu que seriam ferias, eu não te fiz promessas! — Ele sorri e me puxa para deixar um longo selinho nos lábios, aprofundo o beijo enquanto rodeio seu pescoço com meus braços e posso sentir o gosto de rum recente em sua língua. Ele termina o beijo com um sorriso.

— SMEE! — Grito pelo nome do imediato que surge de trás de seu esconderijo no porto de navios. Reviro os olhos jogando o peso da perna esquerda para a direita. — Traga o baú.

— Sim, capitã! — O gordinho se apressa em sumir da minha vista.

— Capitã? — Killian me observa me entregando um pano limpo em seguida.

— Posso me acostumar com isso! — Lhe mostro um sorriso travesso que é respondido por um empurrão enquanto retiro o sangue do ladrão de minha espada.  Killian some de minha vista ao subir as escadas e ir até o timão.

Smee não demora muito, um milagre, e arrasta o baú pelo rampa de entrada, logo solta o peso do mesmo sobre o convés e observa o sangue, ele me olha e eu lhe mostro um sorriso gentil que é retribuído com um sorriso tímido e a rapidez em que ele procura por panos para limpar aquilo.

Killian volta a aparecer ajeitando seu sobretudo de pirata ao corpo, ele observa o baú enquanto eu me ajoelho em frente ao mesmo. Passo minha mão a centímetros do grande cadeado que mantinha aquilo seguro. O cadeado sacode um pouco e logo podemos ouvir um click indicando que estava aberto. Retiro o objeto e empurro a tampa do baú para trás.

— Uma garrafa? — Killian observa o fundo do baú com uma interrogação bem nítida desenhada em sua testa. — Atravessamos o mar da Floresta Encantada, ouvimos uma história de bruxas loucas, subimos três colunas íngremes e quase tivemos nosso navio roubado para ter em mãos uma garrafa?

Deveria admitir que estava tão frustada quanto Gancho, era realmente ridículo ter passado por tudo aquilo e muito mais em cinco meses para ter uma garrafa transparente com um pergaminho dentro. A minha única esperança era de ao menos ter escrito no mesmo que estavamos ricos.

Pego a garrafa cumprida e retiro a rolha da mesma, sacudo a garrafa com força e o pergaminho não tarda em cair, deixo o recipiente de vidro ao meu lado e abro o pergaminho com cuidado mas as palavras escritas fazem meu corpo tremer.

Inacreditável! — Sussurro caindo sentada no chão do convés, Killian agora tinha seus olhos preocupados sobre mim. — Temos que voltar.

— Voltar? Voltar para onde? — Killian puxa o pergaminho das minhas mãos e parece ter a mesma reação que eu.

Para Storybrooke!

ᴛʜᴇ ᴘʀᴏᴘʜᴇᴄʏ • ᴘᴇᴛᴇʀ ᴘᴀɴ [ᴏᴜᴀᴛ]Onde histórias criam vida. Descubra agora