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09

Andrea pegou o telefone que tocava sobre sua mesa.

— Sim?

— Miranda Priestly está aqui e exige falar com a senhora — Andrea respirou fundo.

— Mande-a entrar — Desligou sem esperar resposta e voltou ao que fazia, a porta da sala abriu-se minutos depois.

— Até quando pretendia me evitar?

— Não estava evitando você, apenas não temos nada o que conversar — Andrea parou o que fazia e apoiou os cotovelos na mesa — Pelo jeito agora já sabe quem eu sou já que veio até aqui.

— Eu sei que ainda está chateada, tanto que passou quase duas semanas me evitando, mas não precisamos continuar assim, Andrea.

— Não sei o que está querendo de mim, Miranda, eu realmente não sei, na verdade nem temos nada e nós duas sabemos que foi sexo casual.

— Que pode continuar sendo até resolvermos se queremos algo, eu não sou de procurar por ninguém, Andrea, mesmo assim eu estou aqui agora — Andrea não disse nada assim Miranda não ousou dizer mais nada.

Andrea levantou-se seguindo em direção a porta, Miranda respirou fundo contendo a raiva que estava de si mesma e preparou-se para sair, Andrea abriu a porta.

— Estarei em reunião com a senhora Priestly, não quero ser interrompida, nem mesmo se o prédio estiver desabando, foi clara? — Disse séria.

— Sim senhora — Andrea fechou a porta e passou com a chave, virou-se apoiando-se na madeira e cruzou os braços.

— Espero que nossa reunião seja produtiva, senhora Priestly, pois eu não costumo receber ninguém sem hora marcada — Disse mordendo os lábios.

Miranda sorriu negando com a cabeça e aproximou-se da morena tomando-a em um beijo intenso, Andrea a segurou na nuca sentindo as mãos de Miranda deslizarem por sua cintura.

— Você fica extremamente sexy de executiva — Disse contra os lábios da morena, Andrea sorriu adentrando a língua na boca da mais velha, começaram a se despedir e quando deram contar estavam sobre o tapete da sala.

Andrea soltou o ar com força sentindo os espasmos do orgasmo e escondeu o rosto na curva do pescoço da mais velha, Miranda a acariciou nas costas.

— Tapetes definitivamente é nossa especialidade — Miranda riu e a olhou colocando as mechas onduladas da morena para o lado e a acariciou na bochecha beijando-a nos lábios — Senti sua falta — Andrea sussurrou contra os lábios da mais velha.

— Também senti sua falta — Sussurrou e sugou o lábio da morena.

Andrea deu passagem para que a língua da mais velha adentrasse sua boca e o beijou que começou tranquilo tomou mais intensidade, Miranda puxou lentamente os cabelos de Andrea fazendo-a gemer em contentamento enquanto sentia seu sexo voltar a molhar e a mão de Miranda apertar sua nádega.

— Acho melhor irmos embora.

— Você ainda tem trabalho, não? — Andrea passou a língua sobre os lábios de Miranda fazendo-a tremer.

— Nada que não possa deixar para amanhã, vamos para minha casa, jantamos, tomamos um vinho, o tapete da minha sala é muito bom — Miranda riu enquanto a morena saia de cima de seu corpo, se vestiram e Andrea foi até o banheiro arrumar os cabelos.

.§.

A

ssim que adentraram o apartamento de Andrea, a morena fechou a porta.

— Vou tomar um banho para poder preparar o jantar e depois você toma um pra poder ficar relaxada.

— Tudo bem.

— Tem vinho na geladeira, pode pegar se quiser.

— Vou esperar por você.

— Tudo bem... Eu não demoro — Disse seguindo para o quarto.

Miranda caminhou pelo apartamento por um tempo e logo após foi para o quarto, Andrea saiu do banheiro e a olhou.

— Tem toalha limpa no banheiro, eu vou está na cozinha.

— Tudo bem — Andrea a beijou nos lábios e entrou no closet, Miranda entrou no banheiro.

.§.

Miranda entrou na cozinha e olhou para Andrea, a morena estava de costas para a porta, mexendo em algo sobre o balcão, trajada apenas com uma camisa social e uma boxer negra rendada, os cabelos presos em um coque frouxo, estava completamente concentrada no que fazia, pegou a taça de vinho tomando um pequeno gole e virou-se para pegar a garrafa, olhou para Miranda apoiada na porta e sorriu.

— Tem muito tempo que está ai?

— Alguns minutos — Disse aproximando-se do balcão e sentou-se — Você não me disse que gostava de cozinhar.

— É um passatempo — Deu de ombros e colocou vinho em uma taça estendendo-a para a mais velha, Miranda a pegou.

— O que mais tem como passatempo?

— Eu adoro tirar fotos — Disse bebendo vinho.

— Apenas isso? — Andrea negou e inclinou-se sobre o balcão aproximando da orelha da mais velha.

— Adoro descobrir novos lugares para um bom sexo — A mordeu no lóbulo da orelha fazendo Miranda tremer e a beijou afastando-se indo ver a panela.

— Eu não fui muito pesquisadora sobre isso.

— Não brinca — Disse incrédula olhando-a.

— Estou dizendo a verdade, sempre foi no quarto e só.

— Nunca teve curiosidade?

— Não — Disse dando de ombros e circulando a boca a taça com o indicador.

— Qual é, Miranda — Disse desanimada e Miranda riu — Nem no balcão da cozinha ou na sala, ou... Na varanda.

— Não, bom, na sala com você, no chuveiro também e na empresa.

— Ainda bem que você me tem — Miranda revirou os olhos sorrindo — Acho que só tivemos sexo convencional uma vez.

— Sim — Andrea sorriu maliciosa e desligou o fogo — Que foi? Por que esse sorrisinho?

— Sexo por telefone.

— Eu nunca fiz — Andrea revirou os olhos.

— Não foi uma pergunta, nós iremos fazer.

— Que?!

— Isso mesmo, Priestly, transaremos por telefone — Piscou e as serviu, sentou-se ao lado da mais velha e a olhou — Prova — Miranda colocou um pouco na boca — E então? Aprovado?

— Aprovadíssima — Disse sorrindo, Andrea lhe deu um selinhos e começaram a jantar entre conversas e risadas, Andrea revirava os olhos a cada vez que Miranda dizia que jamais havia feito algo.

Andrea colocou a taça sobre o balcão e levantou-se seguindo para a pia, colocou a louça que usaram.

— Deixe-me ajuda-la.

— Não, fique sentadinha ai aproveitando seu vinho — Disse olhando-a por cima do ombro enquanto lavava a louça que usaram.

— Deveria me deixar ajudar.

— Não e não me fará mudar de ideia.

— Quando você for jantar na minha casa, não ajudará.

— Tudo bem — Disse dando de ombros, Miranda levou a taça aos lábios e observou a morena se costas para si.

Andrea estava tão a vontade, na verdade ela sempre esteve, desde a primeira vez que se viram, mesmo que em outra pessoa ela achasse isso prepotente e invasivo, não era o mesmo referindo-se a morena, gostava da invasão e não em relação de sexo, mas da companhia, jamais sentiu-se tão bem com alguém além de suas filhas como estava sentindo-se naquele momento e nos momentos em que estava com a morena.