5 de janeiro de 1937...∞ Scarlett Bones
- Soberania Thana, a senhora já pode se retirar para seu mundo. Sua atenção nele deve ser íntegra. Sua presença lá é de suma importância. Lorde Dantalion, Comandante Metatron e nós a deixaremos a par de tudo, não se preocupe.
Sentada ela está, sentada ela continua.
- É do meu subordinado preferido que estamos lidando! Não saio daqui!
Eu e o Metatron suspiramos. Dantalion senta-se na poltrona e diz:
- Contanto que não quebre a mesa, comece a fazer estardalhaço, lance suas chamas verdes por todos os lados e a fazer estardalhaço... Opa... Acho que estou me repetindo! – Seu tom cínico no final é como música para os ouvidos.
Dou risada.
- Humpf... – Ela revira os olhos. – Não pague para ver, Dantalion.
- Lorde Dantalion. – Ele corrige.
- Seu título e nada para mim são idênticos!
- Sua petulância e sua arrogância são nada para mim, e mesmo assim, exijo que seja correta e se porte com perfeição. Afinal, você é a Morte ou não é? Deveria ser absoluta, e não instável.
Uuuuh! Essa foi direto no ego dela! Meu tio é demais! Eu poderia ficar ouvindo-o rebater todas as ações imbecis da Thana por horas!
- Já basta. – Fala ergue um pouco o tom. Volta-se para a Morte: - Se exige tanto sua presença, que seja, contudo, não quero mais desastres nas reuniões! – A voz dele começa a se alterar, como se a própria Balança estivesse se apoderando tanto e tanto que soa como se ela mesma estivesse aqui e agora bronqueando. – PASSAMOS MESES EM REUNIÕES, TENTANDO FAZER AS COISAS DE UM MODO QUE TE AGRADASSE, MAS NADA PARECIA SUFICIENTE!
Vejo-a se encolhendo aos poucos na cadeira, e, quando se deu conta, não conseguia nem mais fitar o Representante. Parece uma criança que levara uma bronca.
- Está ciente do quanto nos aportunou?
Com dificuldade, ela murmura um "sim". Encaramos por alguns segundos, até o Fala retomar:
- Pois bem, iniciemos, então, nossa reunião para definirmos seu disfarce, Herdeira Bones, e tudo aquilo que será necessário para manter sua integridade e veracidade no Mundo dos Vivos.
Visão troca olhares comigo e Fala questiona:
- Quem será você, Scarlett?
Suspiro. Tomo uns segundos, pensando. Preciso saber onde ele está...
- Sabem a localização atual dele?
- Por que precisa da localização? – Metatron questiona com curiosidade.
- Para eu saber a minha futura nacionalidade.
- Infelizmente, nós não sabemos, e Deus se recusa a contar. – Fala expressa.
- Posso chamar uma subordinada, então? Ela vai saber me dizer onde ele está. – Peço.
Os Representantes pensam um pouco, até permitirem. Já chamo o Za'Reon, que sai do meu corpo pelas fissuras escuras da minha pele. Aparece na silhueta de um jovem rapaz, ajoelhado e de cabeça baixa.
- No que posso ajudar, minha dama?
- Ordeno a presença da Mistysight.
- Sim, minha dama.
E desaparece. Meu tio diz:
- Engenhoso. Não tinha pensado nela.
- Eu não gosto da ideia, porém, ela é "meu braço direito" por ordem do meu pai. Eu teria escolhido o meu irmão, ou Azazel, talvez Baal... até mesmo o Algol soa melhor que ela, contudo, Belial raramente faz exigências, e quando faz, sinto-me altamente na obrigação de respeitar.
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Quedas Obscuras
Fantasía- Tomada 1 do espetáculo que é nossas vidas! Que os holofotes Hollywoodianos e as cortinas vermelhas sejam nossos adornos, para iluminar com cadência misteriosa o que há do Outro Lado. Pode-se ouvir o som de asas pesadas batendo, mas não se incomode...