Melissa

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Melissa



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- Sarinha, meu anjo, vamos meter o pé e escutar a conversa atrás da porta.

Luna quebrou o silencio que se fez na cozinha.

- Luna!- mamãe a repreendeu.

Mas também se levantou pra sair da cozinha também, antes de ir mamãe parou diante do papai e sussurrou pra ele ter calma e também diz que ele ta vendo uma ''coisa'' a ela, que eu imagino o que seja. E logo ela sai da cozinha logo após a Luna.

Papai caminha em minha direção e pega uma colher no faqueiro e se senta ao meu lado, enquanto eu continuo a mexer o sorvete parcialmente derretido que se encontra na minha taça.

- Eu amo você.

Ele diz depois de levar uma colherada de sorvete a boca

- Também amo você.- digo ainda sem o encarar.

- Papai sabe que não tem direito de se meter na sua vida... mas é que ... até ontem você só era uma garotinha.- ele diz com a voz embargada

- Não papai.- digo abraçando ele que não controla as lágrimas- Eu sempre vou ser sua garotinha- digo afagando suas costas.

- Eu sei que parece paranóia, mas não é só preocupação. Ele é seu primeiro namorado, to no direito né.- ele diz se afastando e eu seco suas lágrimas.

- Tá tudo bem, pai. O senhor não precisa se preocupar, será sempre o primeiro homem da minha vida.- digo fazendo carinho no seu rosto com pequenas rugas.

- Você não vai pra longe de mim não né? Ainda ta com raiva com que o papai falou?me desculpa, abelhinha.- ele diz exasperado.

- Tá tudo bem, papai, relaxa! Vamos esquecer isso.- digo beijando seu rosto e em troca ganho um sorriso.

- Se o ursão te magoar, eu empalho ele e o coloco em exposição na sala de casa.- ele diz me fazendo rir.

- Ta bom papai.- digo ainda rindo

Continuamos na cozinha tomando sorvete e conversando, perguntei ao meu pai se ele tinha ouvido a minha conversa com a mamãe e com a Luna e ele disse que preferia esquecer o que ouviu, e eu ri sem jeito. Estávamos falando das fotos que o papai gosta de tirar nas horas vagas, quando um Victor exasperado entrou pálido e ofegante na cozinha.

- Ligação... restaurante... foi premio.

Ele andava de um lado pro outro e não conseguia formular uma frase se quer sem gaguejar. Andei ate ele e o puxei pelo braço arrastando ele pra sentar e se acalmar um pouco, ele tremia igual vara verde.

Amor sem Medidas (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora