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Segunda-feira foi um dia horrível. Maddie estava MUITO triste e eu também, porque eu realmente pensava que Trevon tinha mudado. E o pior de tudo é que foi com a Sussane, que era o meu exemplo pessoal. - amigos podem partir nosso coração também.

Foi assim: nosso churrasco foi no domingo e eles ficaram na sexta-feira em uma festa na casa de um amigo em comum.

Tudo o que sabemos é isso.

- Eu sou tão idiota por ter acreditado nele, meu Deus! - Maddie falou entre soluços quando estávamos sozinhos em uma parte afastada da biblioteca.

- Não. - falei fazendo carinho na cabeça dela. - Você não tem culpa de nada. Ele que é um idiota.

- Meu Deus e eu confiava tanto na Sussane. Ela era uma das minhas melhores amigas!

- Vai ficar tudo bem. O agora não é o sempre e ele vai se arrepender de ter feito isso com você. Você é tão incrível e ele definitivamente não te merece.

- E o pior de tudo é que eu gostava tanto daquele imbecil. Ainda gosto e eu odeio isso.

- Você vai ficar bem.

Sempre fui péssimo consolando as pessoas. E eu gostaria de falar algo que pudesse amenizar a dor dela, mas o que exatamente eu poderia dizer? Nada. Porque o problema da dor é que ela precisa ser sentida e palavras não são anestésicos, às vezes, só fazem doer mais.

- Eu espero que sim. - ela disse passando as costas das mãos e se levantou. - Vamos para o refeitório.

Antes de irmos para o refeitório, Maddie comprou uma lata de refrigerante nas máquinas automaticas. Quando chegamos lá, ela foi em direção à mesa que Trevon estava e derramou todo o refrigerante na cabeça dele.

- Você ficou louca? - disse ele limpando os olhos.

Todos encaravam a cena boquiabertos.

Maddie veio em minha direção e disse com um meio sorriso:

- Estou bem feliz agora.

- O que você quer fazer agora?

- Isso.

Passou por mim e foi em direção à mesa de Alberth e deu um beijo daqueles nele.

O fim da história foi o seguinte: ela foi parar na diretoria.

Mas ela estava bem feliz. Nada como a doce e velha vingança para colar os cacos do coração de uma mulher traída.

No fim da tarde, quando saí da escola, fui ao apartamento de Sussane.

- Machine foi embora. - disse ela assim que abriu a porta pra mim.

Ela me abraçou e começou a chorar.

- Eu fui muito idiota. - acrescentou antes de me soltar. - Senta aí.

Ela se recompôs e nos sentamos juntos no sofá.

- Mas que porra aconteceu? - falei.

- Sei lá. É que de repente o Trevon havia se tornado tão gato e gostoso que eu simplesmente...

- Sentiu vontade de jogar tudo pro alto e derreter nos braços dele?

- É. Foi isso mesmo.

- Olha, eu não vou te julgar dizendo que você agiu como uma vagabunda, nem nada disso, mas eu fiquei muito chateado com você por causa da Maddie e eu quero que você peça desculpas pra ela.

- Ai caramba! A Maddie! Como ela tá?

- Triste mas conformada, eu acho. Ela derramou refrigerante na cabeça do Trevon, beijou o Alberth na frente de toda a escola e foi parar na diretoria.

- Uau. O dia de vocês foi bem agitado, hein? Você acha que ela vai me perdoar?

- Se você pedir com jeitinho.

Meu celular começou a vibrar, peguei o aparelho e haviam algumas mensagens de Tyler.

foolpotato: Oi, a gente pode se ver?

foolpotato: Eu vou te buscar, se você estiver disponível é claro

foolpotato: Te procurei depois das aulas mas não te encontrei

Foi inevitável não abrir um sorriso ao ver a notificação das mensagens dele. Sussane falava mas eu não entendia porque estava dando toda a minha atenção para a resposta que havia começado a digitar.

Passei meu endereço e ele disse que chegaria em meia hora.

Sussane continuou falando, sobre Machine, eu acho.

Todas as vezes que pego celular tem uma mesagem dele e isso me deixa muito, muito feliz.

- Miles você poderia me dar atenção por favor? - ela disse me dando um soco no braço.

- AAAIII! Você poderia ser um pouco mais sensível?

- Sensível deveria ser você que me deixou falando com o vento.

Bem nessa hora Tyler me mandou uma mensagem dizendo que havia chegado.

- Ih! Desculpe Sussane. - falei me levantando - Minha mãe acabou de me mandar uma mensagem dizendo que me quer em casa agora. Desculpe mas tenho que ir.

Caminhei em direção à porta.

- Desde quando você obedece sua mãe? - gritou ela antes quando eu já estava fechando a porta. - Volta aqui!

- Pra onde você quer ir essa noite? - Tyler disse assim que me aproximei.

- Não sei. - sorri nervoso. - Você é melhor em escolher os lugares do que eu.

- Mas você nunca escolheu nenhum lugar. Não é possível que não tenha nenhum lugar nessa cidade que você não queira ir.

- Na verdade, tem um lugar sim.

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