Eu Sou Seu #2 [✓]

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O negócio é o seguinte: ele me levou em um asilo.

Mano, um asilo. Esse menino existe?

Ele me disse que faz trabalho voluntário lá pra fugir da marginalidade do bairro dele. Gente...

Depois fomos tomar sorvete e ele me deixou em casa.

- Quem era aquele garoto? - disse minha mãe quando entrei em casa.

Entrei em silêncio e com um sorriso bobo no rosto. Igual àquelas cenas de filme de amor adolescente clichê. Acho que minha felicidade fez muito barulho e acordou minha mãe.

- Você estava dormindo, mãe. Não devia andar descalça por aí. - falei passando por ela.

- Filho, você precisa me falar quem é esse garoto e se tem alguma coisa acontecendo entre vocês, porque não quero que você saia machucado como da última vez.

- Tá tudo bem mãe. - falei abraçando ela. Coisa rara, mas é que estava feliz demais para ser debochado naquele momento. - É só um amigo e eu vou ficar bem. Já aprendi a lição: o amor é o sentimento mais ilusório que existe.

- Uau. Quando você virou poeta?

- Essa frase é do Nietzsche. - falei sorrindo.

- É bem do seu feitio ler Nietzsche mesmo. - ela beijou o topo da minha cabeça - Boa noite.

- Boa noite, mãe.

***

- Por que você não foi à festa? - Maddie perguntou enquanto almoçamos na quadra de basquete.

- Eu fui sim. - falei dando uma mordida no meu sanduíche.

- Mas não te vi.

- É que eu dei uma saída.

Falei dando um sorriso ao me lembrar da noite passada.

- Conta tudo.

- Tyler me levou pra dar uma volta porque eu estava muito interditado, depois me pagou um sorvete e me levou pra casa.

- Mas é o quê?!

- Isso mesmo.

- Então é por isso que você tá tão feliz hoje? - assenti - E o Scotty?

E lá vem...

- Ah peloamordedeus! Vocês sempre têm que falar dele?!

- Sim.

- Scotty que passe bem lá onde ele está.

- Então você tá gostando do Tyler?

- Não. Só porque eu tive uma noite agradável com ele não significa que eu esteja apaixonado.

- Hum. Sei.

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