Eu e Rose estávamos perto de Delfos, estamos indo para o umbigo do mundo por lá que poderíamos entrar no jardim das graças. Graças aos deuses a Rose consegui escapar daquele ataque. Se não fosse o poder de manipulação do sangue do Austim ela provavelmente estaria morta. Antes de nos aventurarmos pela íngreme trilha a Rose conseguiu dois cavalos. Intrigado pergunto.
-Rose me responda, como que você conseguiu esses cavalos?- Me aproximando.
-Prefiro não comentar!- Responde se fazendo de promiscua.- Isso não vem ao caso, só me responda. Ainda sabe como entrar no jardim das graças?
-Claro que eu sei!- Respondo rápido.- Embora tenha sido proibido de entrar lá.
-Como assim proibido?- Rose pergunta curiosa.
-Prefiro não comentar!- Repetindo a suas palavras.
-Não conte então!- Parecendo irritada.
Sua ação me faz rir. Aproveito que estou de bem humor e falo.
-Vai ser bom ver o Dean de novo.- Afirmo.
-Vai ser bom, se ele não ficar com aqueles apelidinhos infantis.
Rose não gostava muito dos apelidos que o Dean tinha dado pra ela, tinha algo haver com um relacionamento mal resolvido.
-Será que você não gosta desses apelidos, porque eles te lembram que ele terminou com você?
-Eu que terminei com ele!- Grita.- É não se fala mais nisso!
-Tá bom.- Segurando o riso.- Ruivinha.- Falando o apelido que ela tanto odiava.
-Orá seu....- Acelerando o trote do cavalo.
Eu tentava fugir dela. Ela me perseguiu até chegaramos nas ruínas do oráculo. Deixamos os cavalos e andamos até o antigo santuário da Pitia. Uma vez lá dentro procuro a rocha do umbigo.
-Me explica por que não só falamos o feitiço de uma vez?- Pergunta Rose vasculhando os pedregulhos.
-Se fizermos isso os vapores sagrados vão escapar por todos os lados, além do caos que isso pode causar nos podemos morrer de intoxicação por gases nocivos.
-Então é bom procurar a pedra.- Fala mexendo em outra pilha de pedras.
Depois de algumas horas acabamos achando uma. Com toda delicadeza a colocamos bem encimada da falha geológica que cortava Delfos. Com tudo pronto começo a falar o feitiço.
-Em nome da grande deusa da terra, eu Hector servo de Hera e Rose serva de Afrodite, pedimos passagem para o jardin das graças.
Quando termino de repetir essas palavras um pequeno fio de gases começa a sair pela abertura da rocha do umbigo. Esse pequeno fio aumenta e logo logo os gases nos envolvem, a fumaça cobre meus olhos e quando ela se dicipa estamos no jardins das graças. O local era belíssimo, flores e plantas rasteira cobriam a chão, as vastas dunas de relva e grama se estendia até além da minha vista. Várias árvores ocupava o local, desde macieiras até a árvore de pomos de ouro no centro do jardim. Pequenos e calmos riachos serpenteiam pela vasta planície. Pavões e aves do paraíso cantavam e se exibiam pelo jardim. Animais de médio porte como corças e veados desfilava pelo vasto espaço. Estava tão entretido que nem percebi quando três indivíduos passaram correndo por mim. Eles acabam fazendo eu e Rose cairmos. Antes que possamos nos recuperar do choque ouvimos uma voz familiar.
-Ei seus inúteis!- Com raiva.- Por que deixaram eles escaparem?- Se aproximando.
Era o Dean, ele não mudou muito, Sua pele branca ainda contrastava bem com seu cabelo escuro como a noite, e seus olhos verdes escuros davam a ele um charme sombrio. Sua paleta de roupas também não mudou, uma calça jeans e uma camisa verde lisa e sem estampas.
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O Servo de Hera e a Ânfora Oculta
FantasyHector um adolescente de 19 anos e um devoto fiel da deusa Hera. Tão estranho quanto sua religião e o mundo visto através de seus olhos. Um mundo onde as divindades gregas ainda que de forma indireta tem grande influência sobre a humanidade. Em uma...