O Acampamento do Deuses.

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Depois de sairmos do Jardim das Graças rumamos até Olímpia, lá ficava a entrada para o acampamento. Por sorte Austim conseguiu nos transportar até Olímpia.
 
  -Obrigada Austim.- Fala Alex dando um beijo na bochecha do Austim.

  -Deixem os amassos pra depois.- Fala Rose parecendo incomodada.-Anda Hector abra logo a porta.- Ordena.

  -Pronto, virei porteiro agora?- Pergunto debochando.

Mas antes que ela possa falar alguma coisa começo a andar por entre as magníficas ruínas. Quando finalmente cheguei no altar central recito o feitiço.

-Em nome da grande deusa da terra, eu Hector servo de Hera, Rose serva de Afrodite, Austim servo de Hades e Alex serva de Persefone. Pedimos passagem para o acampamento Ômega.

Diferente de Delfos a terra começa a tremer e uma enorme porta surge do chão de mármore. Receoso abro a porta e a forte luz que emana dela quase me cega. Quando finalmente adentramos todo a acampamento está na nossa frente. Acampamento e só um modo de dizer, está mais pra uma grande aldeia, onde o clássico se mistura com o moderno. Casas brancas e elegantes como as da antiga Grécia contrastava com enormes jardins e belas ruas. Na aldeia havia várias construções imponentes, mas vale ressaltar os treze templos dos principais deuses gregos e vários santuário dos deuses de menor porte. Andávamos pela pequena trilha e a nostalgia era inevitável. Olhava para a estrada de pedras calcárias e lembrava de uma época mais simples. Só faltava uma pessoa pra nostalgia ser completa. Quando penso nisso vejo um vulto rápido passando por mim.

  -Não pode ser?- Falo pra mim mesmo com um sorriso.

Quando o vulto se aproximava eu coloco me pé na sua frente. Isso no faz cair e rodopiar por um determinado tempo. Em uma última cambalhota o rapaz loiro se vira pra mim é me fuzila com seus olhos escuros. Seu semblante de espanto da lugar a um sorriso.

  -Hector?- Animado.

  -Quem mais seria Victor?- Falo ajudando ele a se levantar.

  -Meu amigo, faz quanto tempo, nove dez anos.- Responde com um forte aperto de mão.

  -Na verdade se passaram oito anos.- Corrigindo ele.

Victor era um antigo amigo meu. Conheci ele antes de Rose e Austim, mas ele teve que se mudar pra Polônia então nossa amizade acabou se distanciando. Mas ainda trocávamos emails. No último que ele me enviou ele dizia que está bem e que tinha conseguir entrar em uma equipe de devotos de Hermes.

  -Rose?- Fala me interrompendo.

  -Claro que sou eu.- Fala ela mexendo no cabelo.

Se Dean estivesse aqui. Resolvo parar a cena antes que eles comecem a flertar.

  -Ei Victor, você pode nos ajudar? É que acabamos de chegar e eu queria que você nos levasse até a antiga casa dos meus pais.- Peço com educação.

  -Não se lembra nem do caminho?- Responde com um sorriso.- Vamos eu levo você.

Ele toma a frente e o seguimos. Quando adentramos a aldeia o ambiente muda gradativamente. Realmente estar lá de novo era muito bom. Victor, Rose, e Austim conversavam até chegarmos na minha antiga casa.

  -Bem Hector acho que já vou indo.- Fala se despedindo.- Aparece lá na taberna quando tiver sem fazer nada.- Dando início a sua corrida.

Apenas aceno em sinal de adeus e me virando prós outro falo.

  -A casa e bem grande, mas só tem dois quartos. Você meninas dormem em um e eu o Austim e o Dean dormimos em outro.

Todos concordam e isso evita um problema. Quando finalmente começo a andar pela antiga casa todas as ótimas lembranças surgem. Nunca tinha entendido por que meus pais quiseram ir embora daqui, mas o que está feito está feito. Sigo até o antigo jardim, e me surpreende a fonte com a estátua de Hera ainda estar intacta. Me sento de baixo de um salgueiro e algo me chama a atenção. Um belo pavão surge detrás da fonte. E quando me vê ele abre seu enorme leque. Para uma pessoa normal isso já seria um belo espetáculo, mas aquele pavão era da minha mãe.

O Servo de Hera e a Ânfora Oculta Onde histórias criam vida. Descubra agora