Uma suspeita.

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Já era noite quando terminamos de organizar a entada da praça pra Herai.

  -Hector!- Grita Hilda de longe.

Eu sei que a Herai e uma festa pra minha deusa patrona, mas e tão cansativo arrumar isso. Passei as últimas cinco horas erguendo e trançando um arco de flores de cinco metros de altura. Mas isso não importa, se a minha deusa se agradar de meu trabalho, pra mim já e o bastante. Me aproximo da Hilda e ela fala.

  -Pega suas coisa, já estamos indo.- Fala   pegando a sua mochila.

  -Graças aos deuses!- Fala Rose se aproximando.- Não aguentava mais bordar aquela toalha. E como se não bastasse isso ainda tinha que aturar as servas de Atenas.- Reclamava.

  -Eu até que me diverti.- Fala Austim.

Ele estava todo sujo de lama e fedia mais que um javali.

  -Onde você estava?- Pergunto tampado o nariz discretamente.

  -Mandaram eu e mais algumas pessoas caçarem na floresta. Fizemos uma competição pra ver quem matava mais.- Disse com um sorriso.- Vou te contar aquelas servas de Ártemis são boas...

  -Ta Austim!- Fala Rose.- Vamos logo. Você está fedendo e ninguém e obrigado a aturar esse seu cheiro.

Hilda observava a pequena discussão de forma neutra. Mas antes deles partirem pra ignorância ela os separa e nos manda ir logo. A Alex já tinha indo em bora, disse que estava preocupada com o irmã mais velho, mas ela só queria ir sair logo dali. Hilda e Austim conversavam mais a frente. Rose estava falando comigo, mas não dava muita atenção. Ela só fofocava e falava mal da servas de Atenas. Então apenas concordava. Já passava das dez da noite e as ruas estavam desertas. As luzes emitidas das varandas da casas davam uma luminosidade a mais. Os postes de marmore forneçia uma luz artificial bem vinda. Olhava pro pros ladrilhos azuis e brancos no chão, e lembrava quando minha mãe me trazia pra fazer oferendas no templo. Estava perdido em meus pensamentos quando percebemos um grupo de sacerdotisas sendo abordadas por dois homens. Eles tinham malícia nos olhos. As coitadas tentavam se manter a distância, mas eles as perseguiam. Hilda olhou aquela cena e indignada foi tomar satisfações.

  -O que vocês pensam que estão fazendo?- Pergunta ao se aproximar de um dos sujeitos.

-So estamos nos divertindo com nossas amiginhas.- Fala o outro.

  -Vocês os conhecem?- Pergunta nosso tutora ao pequeno grupo.

Uma delas balança a cabeça de forma negativa. Isso era o bastante pra Hilda. Em um movimento rápido ela da uma chave de braço em um dos sujeitos. O outro vendo a situação do companheiro acaba se afastando.

  -Agora seu verme me escute bem.- Fala aproximado sua boca da orelha do homem.- Se eu vir você se engraçado com qualquer sacerdotisa, bem, vamos dizer que sua virilidade vai ficar comprometida.- Dizendo isso ela o solta e ele sai correndo.

As sacerdotisa agradeceram oque a Hilda fez por ela e ja estavam se retirando quando Rose fala.

  -E perigoso andar sozinhas por aí a noite.

  -Não se preocupe, vamos ficar bem.- Falou uma voz familiar no meio do grupo.

  - Ela está certa.- Fala Hilda.- A noite e perigosa. Então como serva da mesma deusa aquém prestam culto eu não posso deixar que corram perigo.- Continuo.- Por isso que o Hector vai com vocês.

  -Eu, porque eu?- Pergunto confuso.

  - Por quê ele?- Pergunta Austim parecendo ofendido.

  -Hector e um servo de Hera, por isso vai saber se comportar. Já você senhor Austim.- Olhando Austim de cima a baixo.- Só pelo estado de suas vestes percebo que não tem maturidade suficiente né pra cuidar de um peixe.- Explica Hilda de uma forma insensível.

O Servo de Hera e a Ânfora Oculta Onde histórias criam vida. Descubra agora