Dois Mundos Imortais ✓

❁|Capítulo 3|❁

❁Oiê <3<3 Muuuuitíssimo obrigada pelos comentários e pelos votos >u< no capítulo passado!!! Vocês são uns amores, espero que continuem gostando da história! Só lembrando que tem capítulo novo todo Final de Semana :3❁

❁Boa leitura!!!❁

– Você quer que eu dê as costas ao meu povo mais uma vez? – Sheng escutou uma voz feminina dizer. Ele não sabia se estava sonhando ou se o barulho ao seu redor era de fato real, tudo parecia tão distante e opaco, seu corpo estava pesado e sua cabeça era como uma roda, girando infinitamente.

– Mas... – dessa vez era uma voz masculina falando. O dono dela hesitava.

– Podemos fugir os três juntos. Os soldados de Qin devem pensar que estou junto ao resto da família, então não irão me perseguir por essas bandas. Esse rapaz não vai nos pôr em risco – a voz feminina falou mais uma vez, ela parecia determinada.

Sheng se remexeu, e com isso sentiu uma pontada no peito, o que o fez gemer de dor. O primeiro príncipe de Qin escutou passos se aproximando. Quando abriu os olhos, viu que era a garota que o encontrara quase morto na floresta.

– Você está acordado! – a menina parecia aliviada.

– Onde estou...? – Sheng quis saber, seus olhos ainda não conseguiam discernir bem o que via.

– Estamos numa caverna. Eu encontrei você morrendo aqui por perto e o guarda Yimu cuidou de seus ferimentos – a jovem explicou, apontando para o homem atrás dela. Sheng se deu conta de que a voz masculina que escutara era do guarda – Você deve ter fugido dos soldados de Qin, aqueles desgraçados..., mas não se preocupe, o maior risco já passou. Com um pouco de descanso você vai estar firme e forte outra vez.

Sheng notou que sua camisa havia sido tirada e sobre seu tórax havia ervas cobrindo seus ferimentos e uma gaze enorme envolvendo o corte causado pela espada de seu irmão. A jovem que o salvara, cujo nome ele ainda iria descobrir ser Liyu, voltou os olhos para onde o primeiro príncipe encarava. Ao notar que por baixo de toda a gaze e ervas havia um tronco masculino musculoso e bem definido, Liyu sentiu o rosto corar e desviou o olhar.

– Obrigado... – Sheng balbuciou. Ele estava exausto e todo dolorido.

– Demonstre mais respeito ao agradecer! – o guarda Yimu vociferou. Para ele era inadmissível um homem qualquer falar de maneira informal com a princesa de Wei.

– Não precisa disso, Yimu. Ele está muito machucado, por isso não deve falar muito. Vamos deixar as formalidades para depois... – Liyu censurou o guarda real.

Ele nem deve saber que sou a princesa de Wei, Liyu pensou.

Yimu bufou, mas obedeceu às ordens da princesa.

Sheng achou aquilo interessante. Pela primeira vez na vida alguém fora da realeza de Qin erguia a voz para ele.

Eles devem pensar que sou um servo de Wei, o príncipe refletiu.

Vou continuar fingindo ser um até estar totalmente recuperado. Esses cidadãos de Wei provavelmente me matariam se soubessem a minha verdadeira identidade, Sheng decidiu em seus pensamentos.

– Não... Eu tenho que agradecer adequadamente à senhorita – Sheng tentou se levantar para realizar uma mensura à garota, porém a dor do corte fez seus músculos se contorcerem.

– Pare com isso! Não é necessário... Lhe ajudar é apenas o mínimo que eu poderia fazer – disse Liyu. Sheng notou uma sombra de tristeza perpassando pelo rosto da jovem.