Já se passaram onze meses desde o desaparecimento da Pandora, onze meses que não tenho notícias do meu filho.Hoje meu filho estaria com dois meses, e eu não tive sequer a oportunidade de ver o seu rosto, de dar-lhe um beijo, de dizer que o amo.
Sinto um medo enorme cada vez que o detetive diz "infelizmente não temos notícias" será que eu nunca mais verei o meu filho? Será que eu não terei sequer a oportunidade de olhar nos olhos dele?
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Decido ir para a casa de meu pai, ele sempre me acalma, ele foi um excelente pai, me criou muito bem, foi pai e mãe para mim, pois, minha mãe morreu quando eu tinha apenas dois anos. tenho certeza que seria um excelente avô, acabo ficando mais triste ainda com o meu pensamento.
Entro em casa de meu pai, e o encontro lendo um livro, na sua cadeira.
- oi pai - cumprimento
- meu filho - diz e me abraça
- eu não tive notícias dele pai - falo tristonho
- meu filho, não fique assim. Eu sei que você vai encontrar seu filho, eu tenho certeza disso - fala
- eu tenho medo pai... Medo de... De nunca encontra-lo - falo e uma lágrima cai do meu rosto
- ei - diz enquanto segura minha nuca - você vai encontrá-lo, você me entendeu? Você vai encontrar o seu filho.
Recebo uma ligação do detetive que contratei, logo atendo.
Ligação on
- senhor Martinez, tenho notícias.
- fala.
- eu encontrei a moça, ela foi atropelada.
O medo toma conta do meu coração, e se ela estiver com o meu filho? E se aconteceu algo com ele?
- ela está com um bebê? - pergunto nervoso
- não, ela está sozinha.
- em que hospital ela está? - pergunto
- no hospital Santa Cruz.
- estou indo para aí.
Ligação off
- o que foi meu filho- meu pai pergunta preocupado
- encontraram a Pandora, estou indo para lá.
- tudo bem, boa sorte filho.
- obrigado pai. - falo
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Chego no hospital onde está Pandora, logo a vejo deitada numa maca, debilitada, ela olha para mim com raiva assim que me vê.
- o que você está fazendo aqui? - pergunta
- vim saber do meu filho, onde ele está? O que você fez com ele?
Ela riu, e ficou debochando da minha cara.
- eu me livrei daquela pirralha. - fala sorridente
- você o quê? - pergunto não acreditando no que ouvi
- isso mesmo, eu me livrei dela, eu joguei ela no lixo e espero que ela tenha morrido lá - cospe as palavras com ódio
- meu Deus Pandora, como você foi capaz? Como? Ela é sua filha também - falo com lágrimas nos olhos
- não, ela é sua filha, não minha, eu não quero saber daquela pirralha.
- você... Você é um monstro... VOCÊ É UM MONSTRO - grito - você me dá náuseas, me dá nojo, você é repugnante, nojenta. - falo com ódio - eu desejo que você morra, sozinha, que você vá para o inferno que apodreça lá - cuspo na sua cara. - eu vou encontrar ela, eu juro.
Saio do quarto sem rumo, ando pelas ruas, com a cabeça a mil, preocupado com a minha filha, é uma menina, deve ser uma menina linda. Onde ela está? Onde? Minha filha, minha filha linda.
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Dois depois do encontro com Pandora, eu fiquei sabendo da sua morte, eu não senti absolutamente nada quando me deram a notícia, eu deveria ter ficado triste pela mãe do meu filho? Depois de tudo que ela fez? Não sei. Mas eu senti absolutamente nada.
Não sei se algum dia serei capaz de perdoa-la, sinceramente não sei, o que eu sei é que tenho que encontrar a minha filha, custe o que custar.
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um presente do destino
Storie d'amoreNídia é uma mulher linda, que perde a sua mãe por conta de um câncer, desolada, ela sai pelas ruas desamparada, onde encontra uma linda bebê, abandonada num caxote de lixo, ela fica encantada e cria a bebê como sua filha. Tudo fica bem, até que ele...