sentimento estranho

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     Melim - meu abrigo

Aaron

Saio do escritório, assim que termina o expediente, sou sempre o primeiro a entrar e o último a sair.

Chego no meu apartamento, pego um copo de uísque e me preparo para ligar para o detective. É sempre difícil ligar e ouvir a frase que tanto me magoa “infelizmente, não tenho notícias”.

Ganho coragem, respiro fundo, e digito o número do detective.

Ligação on

- detective.

- senhor Martinez.

- tem notícias da minha filha?

- lamento, senhor Martinez.

- mas porra! Há um ano que é sempre a mesma resposta, de que adianta um detective ser nunca encontra porra nenhuma? - falo irritado

- senhor, Pandora não deixou rastros, é difícil. Eu não posso imaginar o tamanho da sua dor, mas vamos encontra-la.

Ligação off

Desligo o telefone irritado, é sempre a mesma coisa, começo a perder as esperanças, dói demais não saber como está a minha filha, não saber se come, se tem uma cama para dormir... Não saber nada...

                      ★★★

Eu sentado no sofá da minha casa, sinto meu telefone tocar. Quem será a essa hora? Olho para a tela e era um número estranho. Quem será e o que quer comigo a essa hora? Sorrio com o meu pensamento.

Ligação on

- alô.

- Senhor Martinez, eu tenho a solução para o nosso problema.

- hã? Como? Senhorita Campbell é você?

- sim, eu decidi estudar o caso aqui em casa, e achei uma solução.

- maravilha. Você pode vir até minha casa para discutirmos isso?

- não, não posso.

Ahh, mulher difícil.

- senhorita Campbell, então você pode sair para nos encontrarmos em algum lugar?

- não, olha vamos fazer assim, você pode vir até minha casa?

- sim, onde é?

- Vila Magdalena, rua das rosas casa n° 25.

- ok.

Ligação off

Trinta minutos depois, chego na casa da mulher que tem tirado o meu sono e bato porta, assim que ela abre, quase morro de tesão, ela estava com um short bem curtinho, uma t-shirt bem justa, sem sutiã e os cabelos longos loiros, soltos.

- boa noite senhorita Campbell, está linda com esse short. - falo

- obrigada. - fala cínica e eu sorrio

- posso entrar? Ou vai me deixar aqui na porta?

- entre.

Entramos e ela explico tudo para ele sobre a solução que achou para o caso dos cassinos, e eu deixo os meus pensamentos pervertidos de lado e presto atenção na sua explicação. A mulher é realmente competente.

um presente do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora