Ela...

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No dia seguinte...

Aaron

Acordo confuso, perdido em meus pensamentos. como ainda é bem cedo para o início do expediente Nídia ainda está dormindo, decido sair sem fazer barulho e vou para o trabalho. Sempre que tenho a cabeça cheia o trabalho me ajuda imenso.

Chego no escritório e começo a trabalhar que nem um condenado, tento ocupar ao máximo a minha cabeça com trabalho e não com os meus problemas.

Algum tempo depois, tive que parar. Saí  do escritório a procura da única pessoa no mundo que consegue me acalmar, meu pai.

Derijo para a casa dele. Chego lá, e só de olhar para a casa já me sinto um pouco aliviado, sinto paz. Ao entrar encontro meu pai como sempre lendo o jornal.

- oi, pai - cumprimento

- como vai, filho? - pergunta

- com problemas...

- o de sempre? - aceno com a cabeça- bom, então você tem a solução, só não quer enxergar.

- pai, eu... - ele me corta

- o "se" é uma possibilidade filho, e possibilidades há várias delas. Se você ficar pensando no que a Nídia podia ter feito no passado você vai estragar tudo hoje, você vai perde-la. E se isso acontecer, você terá outro "se" e esse seria " o teria acontecido se eu não tivesse perdido a mulher da minha vida  por algo que eu queria que tivesse acontecido mas, não aconteceu"...

Ele como sempre tinha razão... ela é a mulher da minha vida e eu estou pondo tudo a perder por algo sem importância... continuo olhando para o meu pai sem saber o que dizer e ele continua falando.

- a gente tem a tendência de transferir a culpa, pensar apenas nas possibilidades que nos convêm, o ser humano é assim. Você já pensou na possibilidade de que se você tivesse cedido a chantagem da Pandora você não teria perdido a sua filha, se você não tivesse levado adiante esse noivado sem amor nada disso teria acontecido? - meu pai pergunta

- não. - respondo

- isso é porque quando a gente sofre a gente quer sempre encontrar um culpado, até mesmo quando já tem um culpado. Você está transferindo a culpa da Pandora, para Nídia. E isso é injusto. Você está perdendo a mulher da sua vida por isso.

- eu estou fazendo merda- reconheço para meu pai- o que eu faço?

- conserta. Pede desculpas. Faça uma surpresa para ela, deixe ela feliz e peça desculpas.

- é. Uma surpresa. Sim. Eu vou consertar as coisas com a Nídia, a gente  vai continuar sendo uma família.

- esse é o meu rapaz.

Levanto e dou um abraço em meu pai.

- obrigada pai.

- de nada. Agora vai, e traga a minha neta para me visitar mais vezes. - diz e ri

- tá. Vou trazer.

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Enquanto dirijo de volta para casa, penso como será o pedido de desculpas. Compro flores, chocolates e encomendo uma comida. Pego Zahara na creche e vamos para a casa.

Assim que chegamos, começo a preparar tudo. E assim que termino mando uma mensagem para ela.

"Já peguei a Zahara na creche. Estamos em em casa esperando por você."

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Demorou mas, chegou. Um curtinho mas, espero que gostem.



um presente do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora