CAPÍTULO DOZE

11.7K 1.4K 73
                                    

Silêncio.
Meu quarto estava muito silencioso quando acordei. Dian não estava do meu lado, o macho que aceitou a nossa ligação,  consagrando o nosso laço. Meu corpo aqueceu quando recordo-me dos últimos dias, Dian era um Príncipe carinhoso quando eu desejava e um macho selvagem quando eu implorava por mais. Implorava por ele!
Arrasto meu corpo para fora da cama, espreguiçando os braços para cima.
Meu corpo estava dolorido, meus músculos tensos. Dores merecidas depois de cinco dias de sexo. Meu coração acelerou no peito quando relembro os toques e beijos do meu Escolhido. Depois de três décadas esperando, mantendo a chama da esperança acesa e rezando para os deuses, Dian aceitou nossa união. Não consigo conter minha felicidade, não consigo conter o riso alegre e alto. Minha empolgação era descontrolável, estou começando uma nova história de amor.

— Ele aceitou nossa ligação; — gargalhei, sapateando e pulando de alegria. — Eu só posso estar sonhando…

— O que você está fazendo?

Prendo um grito na garganta, levando minha até o peito.

— Dian? — Ele quer me matar de susto?

O macho ficou encarando-me com divertimento estampando no olhar.

— Minha fêmea dançando nua logo pela manhã? Que ótimo, acho que vou gostar da nossa união.

Sorri alegremente.

— Você não faz ideia o quanto esperei, o quanto desejei estar com você. — Digo, sentindo meu rosto queimar.

O Príncipe assentiu, esbanjando um sorriso radiante.

— Eu tenho duas notícias, uma ruim e outra boa. Qual você quer ouvir primeiro?

Sento-me na cama, meneando a cabeça. Uma notícia ruim? Engulo em seco, suspirando fundo. Bom, vamos começar a enfrentar nossos obstáculos. Sempre soube que nossa união se um dia acontecesse seria complicada.

— Primeiro a ruim!

Ele assentiu, o macho observou meu quarto por alguns minutos até fixar o olhar no meu perfil. As íris verde-esmeraldas brilhando intensamente.

— Meu pai esteve aqui; — os pelos do meu braço eriçaram. — ele sabe da nossa união, que laço foi aceito. Não podemos ficar em Chamber, precisamos ir embora o quanto antes.

— Eu não compreendo…

— Tem certeza que não compreende? Porra, Morgana; — mostra-me a mão repleta de cicatrizes. — Você assistiu tudo, você sabia de tudo e mesmo assim…

— Eu sinto muito; — Luto contra a vontade de chorar. — Dian, eu não tenho permissão para punir os imortais neste Mundo.

Ele manteve uma expressão fechada, um pouco pensativo. Ficamos em silêncio por alguns minutos. Eu não estava preparada para conhecê-lo, quando as visões chegaram alertando sobre um futuro que eu poderia ter, fiquei completamente amedrontada.

— Arrume as suas coisas, vamos viajar por alguns dias. — Disse Dian, suspirando fundo.

— Viajar?

— Sim, preciso buscar a minha filha. Não vou deixá-la.

Eu quase tombei para trás.
Como?
Filha?
Eu estava completamente boquiaberta. Não sabia o que dizer. Dian notou minha expressão estupefata, as bochechas do macho ficam vermelhas.

— Ela tem 5 anos, é uma mestiça. A mãe era uma feirante que viajava para Capital uma vez por mês para trabalhar na feira.

— Como é possível? — Eu sempre cuidei dos passos dele, se houvesse uma criança ou uma amante eu saberia.

Dian - O Príncipe Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora