Dian - O Príncipe Dos Mortos

CAPÍTULO VINTE E CINCO - DIAN

Eu encontrei uma razão para mim. Para mudar quem eu costumava ser. Uma razão para começar de novo. E a razão é você. - The Reason (Hoobastank). 

Um sonho perturbador tem aumentado minha insegurança. É uma visão do Rei Thuam decapitando minhas Escolhidas, Mayo também morre nas mãos do Rei. Um sonho que está me tirando a paz. 
Os dias estão passando tranquilamente na Capital, especialmente com o anúncio do Conselho Real. O Rei da Ilha Lunne chegará para uma reunião para falar a respeito do "Tratado das Planícies", o Lobisomem que governa todos os Clãs visitará nossa Corte. 
Meu pai está esperançoso com a chegada do Rei. 
Apesar que, os Lobisomens repudiam o cheiro dos vampiros. Entretanto, temos a magia para aliviar esse pequeno incômodo. 
As fêmeas da Capital estão animadas, todas acreditam que os filhos do Rei dos hamr, viajará acompanhado dos três filhos. São lobisomens jovens, o mais novo tem cerca de 25 anos. No entanto, ainda são os seres mais poderosos que habitam o Mundo Imortal. 
Dizem que a esposa do Rei está tentando engravidar da primeira filha, a fêmea que será esposa do meu irmão Tristan. Bom, essa união será interessante. Uma Lobisomem e um Vampiro dormindo juntos, os tempos mudaram mesmo. A modernidade é interessante. Não posso negar. 
Morgana não ficou hospedada no Castelo, ela mudou-se no próprio apartamento no Calçadão da cidade. Ela passa maior parte do seu tempo perambulando nas lojas de artigos para bebês. E mais extraordinário de tudo, ela tem uma companhia. Mayo a Curandeira Chefe do Castelo. 
Hoje está fazendo oito dias que estamos na Capital, são oito dias que minhas Escolhidas agem normalmente sem espíritos perturbadores e ataques de raiva. 
Não consigo compreender meus sonhos. 
As visões que chegam de um Rei Sombrio matando as fêmeas que amo, minha família e… Sinto um tremor até nos ossos, um calafrio horripilante percorreu minha nuca.
Emmaline. 
Minha filha. 
Estamos tão animados com a gravidez da Morgana que acabamos esquecendo de voltar pra fazenda. 
Imediatamente teletransporto-me até a Mansão. O lugar estava muito silencioso. 
A porta da entrada principal encontrava-se entreaberta. 
Engulo em seco. 
Por favor, não. Dou um passo à frente. Por favor esteja bem. 
O ar prende-se no meu pulmão quando empurro a porta e encontro o chão repleto de sangue.

— EMMALINE. — Gritei. — FILHA.

Corri aos tropeços nos cômodos, o corpo que encontro primeiro é de uma funcionária. 
Depois outro… Outro… E… Hardy, caído no chão no escritório com uma adaga enterrada no crânio.

— Inferno! Hardy, eu sinto. Me perdoe, eu prometi que a protegeria. Eu sinto muito!

Minhas próximas horas foram encontrando corpos, Isolda estava morta próxima do celeiro. E vários funcionários no estábulos, mas não conseguia encontrar minha Emmaline. 
Eu implorei aos Deuses que ela estivesse bem, mas a esperança não fazia morada no meu coração. 
Fiquei ajoelhado ao lado do corpo da Isolda por horas, deixando as lágrimas fluir dos meus olhos. 
Eu falhei com todos eles. Com minha família, com minha filha e com meu povo. 
Perdi o meu maior tesouro, minha única luz no meio da minha escuridão.

— Um Príncipe chorando?

Viro-me, invocando meus poderes e pronto para atacar. Eu não fiquei surpreso por vê-lo novamente.

— Azrael, o Anjo da Morte.
 
— Dian, o Príncipe dos Mortos.

Franzi o cenho. 
Príncipe dos Mortos?
Ele está louco? Ah foda-se. Agora não era um momento para pensar na sanidade do ser.

— Onde está minha filha?

— A pequena Emmaline está com o Rei da Ilha Cruachan.

— Como é possível?

— Thuam chegou no Mundo dos Mortos quando as primeiras Ilhas foram criadas; — Disse, abaixando-se para observar o corpo sem vida da velha senhora. — Ele consegue manipular a Morte, ele é Rei das mentiras e da Crueldade. Meu Senhor criou os Mundos para cada espécie e raça viver em Paz. No entanto, Thuam está pensando em governar todos o Reinos. Até mesmo o Reino do Meu Senhor.