CAPÍTULO NOVE - DIAN

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"Apenas não desista, estou me esforçando. Por favor, não me deixe. Eu não queria decepcioná-la. Eu fiquei confuso, preciso de uma pausa para respirar. Por favor, chegue mais perto" - Adam Lambert (Whataya Want from Me)



Minha escolha para festejar e me divertir foi uma taberna com uma boa música, cervejas e vinhos. O lugar ficava movimentado no verão. A pequena pista de dança estava lotada com uma mistura de raças: Humanos, Vampiros, Lobisomens, Elfos e Ninfas aproveitam o Festival juntos. Sem brigas, mortes ou medo.
Uma noite de diversão vai me fazer esquecer da Mayo, esquecer a sua renúncia.

— Você está pensando de novo; — rebateu Hatreu. — O que aconteceu?

— Como sempre, estou pensando na Mayo.

— Você tem duas Escolhidas. Uma delas é a Senhora da Penitência e fica perdendo tempo pensando na Mayo?

Gargalhei, bebendo minha cerveja em seguida.

— Você não entende, eu sou apaixonado pela Mayo. Mesmo lutando contra esse sentimento não consigo esquecê-la.

— Morgana é uma fêmea deslumbrante. Consigo entender o fascínio do Tristan.

— Você deveria ouvi-la cantar, ela tem uma voz doce. — revelo, um pouco orgulhoso da minha Escolhida. — Ontem a noite eu estava praticando uma cerimônia de invocação no Bosque e flagrei a Princesa Morgana se banhando no riacho.

— E você transou ela? — Hatreu indagou, debochando da minha história.

— Não, Tristan estava me acompanhando!

— Você é um sortudo, Dian. A maioria dos machos esperam por séculos para encontrar as suas Escolhidas. E você encontrou Mayo e Morgana, com apenas 30 anos.

— Morgana, é apaixonada. Eu sinto o amor feroz dela, eu sinto suas emoções e os sentimentos. São todos transmitidos para mim, principalmente os pensamentos. — Conto, observando a multidão na Taberna. — Não posso iludi-la, nunca vou corresponder os seus sentimentos da Fêmea.

— "Nunca" é uma palavra muito forte e não aconselho dizê-la. O destino pode surpreendê-lo ou até mesmo castigá-lo.

— Ah não, por favor. Não comece com seus conselhos de Druidas, você ainda está estudando, aprendendo a lidar com seus dons de oráculo.

Hatreu riu, concordando com a cabeça.

— Tudo bem, vamos mudar de assunto. Você precisa relaxar, trepe com uma fêmea qualquer como você sempre faz e esqueça as suas Escolhidas.

Era impossível, esquecê-la. Especialmente quando Mayo entrou na Taberna, usando um vestido vermelho-rubi, com uma fenda na coxa direita. O cabelo solto, as belas ondas caiam sobre os ombros lembrando uma cascata negra. O cheiro de ervas medicinais quase me enlouqueceu.

— Fala sério! — Resmungou Hatreu.

— Ela está linda!

— Ela não deveria estar aqui, vamos embora. — Meu irmão pegou nossas cervejas, empurrando-me para outro lado do bar.

Qual é o problema do Hatreu?

— Eu não vou sair daqui; — respondi áspero. — O que está acontecendo?

Mayo caminhou em direção de uma mesa, sentando-se no colo de um macho. Uma descarga elétrica de puro ódio percorreu meu corpo, Mayo estava no braços de outro macho. Trocando carícias e beijos com ele, rindo alegremente quando ele sussurrava no seu ouvido.

Dian - O Príncipe Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora