Capítulo 12

103 10 11
                                    

Leiam as notas finais, por favor.

X

-O que você quer fazer com todas essas informações, Pattie?

-Precisamos ir até a delegacia e parar logo minha mãe e todos os envolvidos. Não podemos deixar que ela crie essa empresa com o dinheiro do meu pai!

-Certo. Vamos lá.

Subimos as escadas e, quando estávamos prontos para abrirmos a porta novamente, paramos. Podíamos ouvir a voz de Patrick ecoando pela sala, enquanto andava de um lado para o outro.

"Precisamos encontrar um jeito de impedir aqueles dois. Eu não posso perder o meu emprego!"

As palavras eram abafadas pela madeira da porta, mas ainda assim nós conseguíamos ouvir claramente.

-Com quem você acha que ele está falando? - eu perguntei, tentando, ao máximo, manter meu tom de voz baixo.

-Eu não sei, mas aposto que é com um dos nomes daquela lista.

"Madison, você tem que dar um jeito! Se Patrice não tivesse começado essa investigação, não estaríamos nesse ponto agora. A culpa é toda sua!"

-Eu deveria ter imaginado que minha mãe estivesse envolvida nessa ligação também.

"Não adianta reclamarmos agora, já que não podemos voltar atrás. O que está feito, está feito, agora tudo o que podemos fazer é salvar a nossa pele."

"Quando você colocará esse plano em prática?"

"Ok. Então amanhã darei um jeito em Joshua também."

Logo Patrick parou de falar e andar, então presumimos que ele tivesse encerrado a chamada.

-Você acha que ele vai ficar aqui por muito tempo?

-Que horas são?

-Acho que umas quatro horas da tarde. Por quê?

-Ele vai ter que voltar para o trabalho em alguns minutos.

-Ótimo. Já estou morrendo de calor dentro desse porão e ficar sussurrando me irrita.

-Pare de reclamar, mocinha. Apenas pense que estamos a um passo de acabarmos com tudo isso.

-Será mesmo?

Antes que Josh pudesse responder, ouvimos a porta da frente ser fechada e trancada. Esperamos mais alguns minutos para termos certeza de que ele tinha realmente ido e embora e enfim, pudemos sair daquela lugar e respirar ar fresco.

-Pattie?

-Oi?

-Por que você ainda acha que não conseguiremos colocar sua mãe, meu pai e todos os envolvidos atrás das grades? Nós já temos todas as provas possíveis!

-Eu sei disso, mas... Você ouviu a última coisa que Patrick disse? Nossos pais estão simplesmente planejando "dar um jeito" em nós dois amanhã.

-Ainda faltam muitas horas até algo acontecer conosco e, quando o sol raiar, aqueles dois já estarão bem longe de nós.

-Você acha mesmo?

-Eu não acho, eu tenho certeza. E então, vamos até a delegacia?

-Vamos.

(...)

Quando chegamos naquele lugar, ele estava completamente vazio, exceto pelos quatro oficiais que estavam trabalhando.

-Posso ajudar vocês? - Um dos homens que estavam usando uniforme se dirigiu para nós.

-Claro. Estamos aqui para fazermos uma denúncia sobre um caso antigo.

-Bem, nesse caso...

Com um pequeno gesto com a sua cabeça, o oficial pediu para que nós o seguíssemos até uma das salas do corredor, a primeira delas. Antes de permitir a nossa entrada, o homem falou o que estávamos fazendo ali, despertando a curiosidade da pessoa dona do pequeno escritório.

-Entrem, vocês dois. Sou o delegado Parsons e vocês são...? - Ele era loiro, tinha olhos escuros e vestia um terno perfeitamente passado. As estampas de sua gravata combinavam com a cor de sua camiseta, o que me deixou bastante surpresa.

-Eu me chamo Joshua e ela é a Patrice.

-Joshua e Patrice. Então vocês têm novidades sobre um caso antigo?

-Sim. Meu pai era Jake Thompson Jackson, certamente o conhece.

-Claro, a morte dele causou um grande escândalo, ele era bem conhecido nessa cidade.

-Sim.

-Uma pena ter tirado sua própria vida tão cedo.

-Então, é sobre isso que queremos falar. Na verdade, a morte do meu pai se tratou de um homicídio.

-Como é que é?

Apenas alguns minutos foram necessários para que eu e Josh contássemos toda a história, desde o código até a lista de mandante, sem esquecer da ligação que testemunhamos antes de sairmos da casa dos Melbourne.
No final, a expressão no rosto do delegado era de pura incredulidade.

-Mas isso é uma grande besteira!

-Me desculpe? - Eu e Josh respondemos juntos, não entendendo o que o homem havia dito.

-Vocês sabiam que falso testemunho é crime?

-Você acha que estamos mentindo?

-Mas é claro, garoto!

-Nós temos provas!

-Qualquer um pode pegar uma lista com nomes e tirar suas próprias conclusões, ou até mesmo criar um código para colocar um inocente na cadeia!

-O que mais precisamos encontrar para fazê-lo enxergar a verdade?

-Preciso de um motivo para tudo isso. Sem esse porquê, não posso fazer nada.

-Mas...

-Chega, garoto. Tenho muito para fazer hoje, então, por favor, vão embora.

Josh me encarou de um jeito derrotado, como se dissesse "estamos completamente perdidos". Apenas concordei de leve com a cabeça e resolvi finalizar a conversa:

-Tudo bem, Parsons, nós vamos embora. Mas quando vários casos de assassinato aparecerem sobre a sua mesa, você me liga, aí quem sabe eu te ajudo a prender a pessoa inocente que é a minha mãe. Com licença.

Abri a porta atrás de mim e saí andando a passos largos, tentando não perder o resto de controle que ainda existia em meu corpo.

X
Foi um capítulo "bléh"? Foi sim, mas só fiz isso pra vocês pouparem energia para o próximo, o último capítulo do livro 1 de Miss Jackson.

Também venho aqui convidar vocês para lerem minha nova história de romance, chamada 183. (:

Vejo vocês no próximo capítulo,
Sarah ♥

Miss JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora