Um som estridente soa e passos ecoam por um local de aparência úmida. Em alguns segundos dois indivíduos materializam-se na penumbra e lentamente param de andar.
-E então? -Walter parecia curioso.
-Disse que encontrou algo importante. Algo sobre os Arrebatadores?-Exato. -Kwurt estava nervoso e quase gaguejava. -Capturamos dois deles. Estavam tentando obter informações, aparentemente.
-Ótimo. O trato com Olímpia logo estará completo. Enquanto a isso, alguma notícia?
-Sobre Olímpia? Nenhuma, mas temos um problema com um grupo de carniceiros. São dezenas.
-Quais a chances de virem pra cá?
-Grandes, mas um grupo de apoio já está a caminho para desviar o curso deles. E a rainha e os outro moradores ainda não sabem de nada.
-Ótimo, certifica-se que continue assim. Hoje será um grande dia.
-Walter se distancia vagarosamente.
______________
Mais tarde...-Escuta, por que é que não posso usar a minha arma? -Benjamin encarava um homem.
-Porque não. É perigoso. -O sujeito já estava ficando irritado. Estavam em um corredor, onde entrava muita luz solar pelas janelas, iluminando todo o local.
-Mas o meu trabalho não é com a segurança? Só quero a minha espada.
-É uma arma muito perigosa, cara.
-Eu sei, mas nunca machuquei ninguém que eu não quisesse. Vamos, por favor.
-Tudo bem... Vamos logo. Que se dane também. Pelo menos vai me deixar em paz... -Benjamin segue o homem pelos corredores.
______________Na Fonte, os sons de caminhões eram quase constantes. No total eram três veículos que revezavam as idas e vindas do local. Jarime acompanhava Paulo em meio às pilhas de tralhas que tinham mais de três metros de altura e tentava não tropessar nos objetos que encontrava no percurso até o local onde iria trabalhar.
-Quando perguntei sobre um trabalho diferente eu realmente queria um trabalho diferente. -Ele olha para o homem.
-É um trabalho diferente, não se preocupe. Só que pode ser um pouco perigoso. -Paulo explica enquanto caminha.
-O que terei que fazer?
-Você verá.
Segundos depois já estavam distanciando-se das pilhas e se a aproximando da quadra repleta de zumbis. O barulho de gemidos e grades sacolejando eram intensos e ficavam mais alto a cada passo que os homens davam. Jarime começa a reparar em um pequeno guindaste que chegava a mais de dez metros, passando a grade da quadra.
-Por acaso vou ter que ajudar o cara do guindaste? -Jarime indaga olhando para o alto.
-Não, você é o cara do guindaste.
-Paulo o encara e da um tapinha nas costas. -Charle! -Ele chama um homem que vem correndo.-Me chamou?
-O nosso amigo aqui vai ser repositor de bando. O ajude a por os mortos dentro do cercado, ok? E cuidado na hora de manipular o braço da máquina. Vou supervisionar tudo, boa sorte. -Paulo sorri e se distancia-se dos homens. Jarime não sabia o que fazer.
______________Keys abre os olhos lentamente. O cansaço toma conta de seu corpo e não tarda muito para lembrar o que havia acontecido. Se levanta rapidamente e em alerta. Estava em um ambiente escuro e gélido, algumas tochas iluminavam um corredor que estendia-se até aonde a mulher não conseguia ver, pois estava em uma cela.
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Uma Luz no Fim do Mundo
Science FictionO mundo está mudando, e as pessoas mudando junto. Não é uma escolha, é a única maneira para sobreviver a isso. O governo caiu, não há leis e nem regras, os fortes ficam de pé, e os fracos... Se tornam monstros. Quem sabe algum dia um de nossos sobre...