03. Aos Poucos

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– AAAAHHHH! POR QUE É TÃO DIFÍCIL ENCONTRAR ELAS?

O berro de Chen soou por toda a sala demonstrando não só a frustração do mesmo como de todos ali, já fazia quase uma semana que o grupo recebeu a missão e não haviam evoluído nenhum porcento.

– Deve ter algum jeito, elas não são tão boas assim...são? – perguntou Lay olhando os companheiros que carregavam feições cansadas ou raivosas.

– Elas devem usar pó de flu não é possível! Ninguém desaparece do mundo sem deixar um rastro sequer – Chen reclamou olhando a tela do computador que estava em branco.

– Bem que o Astro falou que elas só aparecem quando querem aparecer, podemos tentar investigar alguma coisa sobre o Twice que é mais fácil por conta do clube noturno e tudo mais – observou Kai.

– Vou falar para providenciarem um mandato de busca o mais rápido possível – Xiumin pegou o telefone e começou a falar com alguém que estava do outro lado da linha, provavelmente os superiores.

– Com licença – a voz de Wendy batendo na porta despertou os que já estavam com expressões de tédio – Sehun, o pet shop ligou dizendo que o Vivi já está pronto.

– Maravilha, era o que eu precisava para espairecer – comentou se levantando da cadeira e pegando suas coisas.

– Licença – pediu Irene entregando uma pasta a Suho – Acabei de receber esse email da Fantagio e achei importante passar logo a vocês.

– Está bonita hoje Irene, mudou o cabelo? – Baekhyun questionou galanteador a mulher que apenas abaixou a cabeça e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

– Verdade, você fez uma onda nos cabelos, ficou legal. Te tornou mais bonita do que já é – Suho comentou sorrindo.

– Obrigado.

As duas se retiraram da sala e o Baekhyun olhava com um sorriso malicioso para o líder.

– O que foi?

– Safado, nem dedurou que estava prestando a atenção na Irene.

– Mas você também comentou do cabelo dela.

– Só que eu não falei que ela só tornou mais bonita do que já é – Baekhyun argumentou fazendo Suho ficar sem graça.

– Esse aí arrasta um bonde pela Irene desde que ela entrou – zombou Kai.

– Ainda lembro da cara de bobo que ele fez quando ela chegou na sala se apresentando, praticamente babou em tudo e ainda conseguiu derrubar o café – Chanyeol comentou fazendo todos rirem do líder.

– Tá já chega.

– Até amanhã pessoal, qualquer coisa me liguem – Sehun se despediu recebendo alguns acenos, e um conselho de Baekhyun para usar camisinha se fosse transar a essa hora.

O rapaz achou desnecessário mas já era de praxe.

•••×•••

Se Sehun estava preocupado antes com o seu cachorro agora estava mais aliviado ao ver que sua pequena bolinha de pêlos estava a salva. O bichon estava no colo do rapaz e devido aos remédios se encontraria sonolento dentro de algumas horas, fazendo com o que Sehun tivesse tirado o dia de folga pra cuidar dele.

Estacionando em frente a uma doceria, resolveu comprar um bolo na loja já bastante conhecida e frequentada pelo rapaz. Amarrou Vivi no poste em frente a entrada da Red Flavor, não iria demorar tanto visto que seu pedido era algo pronto.

– Bem vindo. Sehun?

– Yeri? Você aqui?

– Eu vim ajudar minha tia, ela é a dona e está doente por uns dias. Mas então, qual o seu pedido?

– Vou querer um bolo red velvet.

Yeri pegou o pedido do rapaz colocando dentro de uma caixa vermelha tão forte quanto sangue.

– Aqui, está fresquinho.

– Obrigado Yeri.

– O bom do red velvet é que ele engana, a aparência fofa esconde um tom intenso – a garota disse sorrindo.

Sehun pagou o bolo e saiu da loja, desamarrou Vivi do poste carregando-o em outro braço. Tentou se equilibrar até chegar em seu carro, e com mais dificuldade ainda colocou seu cachorro no banco de trás e o bolo no da frente. Sentou no banco do motorista, ligou o veículo e começou a dirigir pelas ruas de Seul até a sua casa enquanto ouvia uma música no rádio.

– Gosta da música Vivi? – perguntou ao cachorro que apenas respondeu com um latido.

Quando estava virando a esquina, sentiu que o carro se chocou com alguma coisa ou melhor...com alguém.

– Droga.

Sehun saiu do carro e viu que uma jovem estava jogada no chão ao lado do que um dia deveria ter sido uma bicicleta, o joelho da mesma estava ralado assim como os braços.

– Você está bem? Se machucou? Quebrou algo? – perguntava com um tom desesperado.

– Eu tô bem, tô bem.

– Certeza? Quantos dedos tem aqui? – perguntou ajudando-a levantar e erguendo quatro dedos na frente dela.

– Quatro?

– Isso, você não morreu. Quer ir ao médico? – Sehun percebia que os joelhos dela começavam a escorrer um filete de sangue além dos braços vermelhos.

– Não é necessário. Não quebrei nada.

– Vamos pra minha casa então, é aqui perto e posso fazer um curativo.

– Na sua casa?

– Olha, é o mínimo que posso fazer. Não é como se eu fosse um serial killer.

– Também não sou uma – falou o olhando – Prazer sou Lee Ra In.

– Oh Sehun. Vamos?

A garota concordou e Sehun nem havia percebido que estava sendo observado.

O plano começará aos poucos.

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