08. Rancor

479 44 30
                                    

– Está tudo pronto Kira? Você tem a absoluta certeza de que vai seguir com o plano até o final?

– Sim Somin, eu preciso seguir com isso até o final se eu quiser honrar a memória deles.

– Certo. As informações já foram passadas a SM e a Fantagio pelo BM e o J.Seph como o programado, não tem como eles suspeitarem de nada. A Jiwoo está a caminho da Coreia, provavelmente chegará na hora da ação.

– Ok.

As duas ficaram em silêncio se observando pela câmera.

– Está nervosa?

– Ansiosa eu diria – confessou Kira – Planejei isso durante anos e, agora que o dia finalmente chegou, sinto como se fosse ficar vazia depois.

– Pense que irá valer a pena. Ninguém teve piedade de nós Kira, aqueles homens não merecem o nosso perdão. Você consegue ver aquele homem na televisão ao lado do presidente sem se lembrar dos seus pais? Ou da sua irmã?

– Não, definitivamente não – riu de modo ácido – Nenhum daqueles velhos na verdade, eles me enojam.

– A mim também – Somin deu um sorriso triste – Preciso ir, cuide-se para amanhã ok?

– Vingarei todos de bom grado.

Somin terminou a ligação e Kira pegou uma velha foto que tinha em sua sala. O porta retrato com o vidro trincado era a única lembrança física de sua antiga vida antes da fatídica noite.

•••×•••

– Appa!

O grito da pequena criança assim que viu o mais velho pisar em casa acabou fazendo-o sorrir de modo espontâneo depois de um dia inteiro aguentando a falsidade humana.

– Minha princesinha, como você passou o seu dia?

– Bem, a omma está lá em cima com Man Hee.

– Então vamos lá – falou pegando a menor no colo.

Os quatro viviam em uma casa considerada bastante humilde para o futuro candidato à presidência da Coreia, ao contrário do que muitos esperavam, o homem preferia passar o tempo livre de bem com a sua família do que afundado em reuniões e reuniões para coligar os partidos.

Era o velho ditado: para uma vida de sucesso, equilibre cada parte dela.

– Você chegou querido – falou a mulher sorrindo ao ver o marido – Como foi o dia de hoje?

– Bem cansativo, mas ver minhas rainhas compensam – respondeu dando um selinho na mulher.

– O jantar está pronto, estávamos apenas te esperando. Vamos?

– Vamos.

O jantar foi sobre um clima agradável, era assim todas as noites que a família se reunia. A menor, Man Hee, não entendia muita coisa por só ter um ano e meio de vida mas dava gargalhadas que preenchiam o ambiente ao brincar com a comida.

Gargalhadas que foram cessadas com batidas na porta e o toque incessante da campainha.

– Querida, suba o mais depressa e leve as meninas – disse o homem sabendo que não precisava atender a porta para saber do que se tratava.

Estavam ali para pegá-lo.

– Por que?

– Faça o que te pedi o mais depressa.

Gangsta Onde histórias criam vida. Descubra agora