08

458 22 1
                                    

Dia 1 de julho de 2019

Hoje deveria ser um dia de despedidas, mas não é. Não é porque, naquele dia, eu escolhi ficar.

Decidi tentar construir a minha carreira aqui junto das pessoas que amo e que me amam.

Ainda assim contei a todos, menos ao Vlachodimos que mal vi nestes tempos, que se mostraram contentes por eu ficar, mas que também disseram que teria todo o seu apoio.

Hoje é dia de regresso para os rapazes do Benfica e para festejar vamos todos aproveitar a piscina e um bom jantar em casa do Salvio.

Conduzo até à casa do argentino e sou recebida pela sua linda mulher e pelos meus sobrinhos emprestados.

Entro e cumprimento todos os que já aqui estão.

São quatro da tarde, por isso decido aproveitar a piscina. Dispo a minha blusa e os meus calções de ganga deixando o biquíni vermelho à mostra.

- Até no biquíni é benfiquista!! - o Gedson comenta e eu solto algumas gargalhadas.

Sento-me à beira da piscina com os pés dentro da mesma.

Passam poucos minutos quando o alemão/grego na companhia da sua namorada.

A namorada do jogador cumprimenta todos e o jogador também, há exceção de uma pessoa. Eu.

Não tenho muito tempo para pensar nesse pormenor já que sou empurrada para dentro de água. Tenho a certeza de quem foi o artista.

- Rafael Alexandre!! - chamo assim que chego à superfície. Vejo-o a rir que nem um perdido.

- Como sabias que tinha sido ele?? - pergunta o Pizzi também a rir.

- Era o único que se atreveria. - parece que os vejo quase todos a arquear a sobrancelha como se questionassem a minha resposta. Ri.

Saio da piscina e enrolo-me na toalha para me secar o mais possível e poder ir à casa de banho.

Começo o meu caminho e chego praticamente à casa de banho, mas antes de conseguir escorrego e acabo por cair torcendo o meu pé.

Sinto uma grande dor no pé e no tornozelo e sinto alguém tocar-me.

- Estás bem?? - ouço a voz do Vlachodimos. Abano a cabeça negativamente com as lágrimas a chegarem aos meus olhos.

O jogador ajuda-me a levantar do chão da forma mais gentil que lhe é possível.

- Consegues pôr o pé no chão?? - pergunta e eu assinto, também não permitindo que ele veja toda a minha fraqueza.

Deixo de sentir o seu toque, mas ele continua muito perto.

Coloco o pé no chão e tento andar, mas no primeiro passo as dores são tantas que perco as forças e volto a sentir o seu toque que me impede de cair novamente.

Ele coloca o meu braço por cima dos seus ombros e coloca o seu nas minhas costas para me agarrar. Devagar fazemos o caminho de volta para o jardim.

- O que é que aconteceu?? - o Rafa é o primeiro que nos vê e corre até nós.

- Caí e torci o pé. - explico brevemente ao Rafa.

- É melhor irmos ao hospital. - eu não queria nada.

- Não, vamos esperar até amanhã. Se piorar ou estiver igual vamos. - a muito custo eles assentem, até o Vlachodimos.

O guarda-redes ajuda-me a sentar numa das espreguiçadeiras e o dono da casa trás gelo para eu colocar no pé e no tornozelo.

Agradeço ao Salvio que se retira.

- Obrigada por me ajudares!! - olho para o Vlachodimos que ainda me olha com um olhar preocupado. É quase estranho vê-lo assim comigo.

Ainda que com aquele olhar mostra um pequeno sorriso e volta para perto da sua namorada.

Eu... Eu fico a tentar que estas dores diminuam, mas isso não parece acontecer.

LOVE? IMPOSSIBLEOnde histórias criam vida. Descubra agora