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Dias depois...

Hoje é terça-feira. São precisamente três da tarde e tenho exatamente duas horas para tomar umas das maiores decisões da minha vida.

No entanto, só penso nos festejos de Sábado, na alegria do Paço do Conselho e nos momentos vividos no jantar do Campeão.

Só consigo pensar em todos os momentos que vivi nesta cidade de Lisboa.

Os momentos com as minhas amigas, com os rapazes, com a família até as discussões com o Odisseas.

E o porquê de eu pensar nisto tudo? Tenho de decidir se aceito uma vaga numa das melhores escolas de música do mundo, em Inglaterra.

Só teria de partir no dia 1 de julho, mas hoje é o último dia para dar a minha resposta.

Não tive coragem de contar a mais ninguém a não ser ao meus pais.

Eles apoiaram imenso, mas eu não sei se sou capaz de deixar isto tudo.

Tenho tudo aqui, menos a minha carreira.

Eu sei que todos iriam compreender e estar do meu lado, ainda assim é demasiado difícil tomar uma decisão.

- Entre. - digo quando ouço alguém bater à porta. É a minha mãe.

- Então? Já tomaste a tua decisão? - a minha progenitora questiona e eu abano negativamente a cabeça.

- É demasiado difícil. - suspiro.

- Eu sei, minha filha. Estás a escolher entre as pessoas que amas e o que amas fazer. - a minha mãe tem razão.

- Só quero que saibas que vás para onde fores nós amar-te-emos sempre. Nós, os rapazes e as meninas. - a minha mãe tem mesmo razão.

- Obrigada mãe!! - agradeço, ela levanta-se, beija a minha testa e deixa-me sozinha.

As coisas clarificam-se na minha cabeça, embora uma delas ainda esteja bastante confusa.

Sento-me numa cadeira e aproximo-me da secretária. Ligo o computador. Entro no meu email e paro os meus dedos por cima do teclado.

Suspiro mais uma vez e depois de pensar no que devo escrever começo a digitar.

Acabo de escrever e volto a ler tudo algumas vezes para me certificar de que está corretamente escrito.

Finalmente clico em enviar. Agora está feito.

A minha decisão está tomada. Espero que esta tenha sido a escolha correta.

Há coisas de que ninguém, ou poucos, conseguem abdicar.

Essas coisas tiveram um peso nuito grande na minha decisão e são um dos grandes motivos por escolher seguir este caminho.

Sento-me na varanda do meu quarto e aproveito o Sol.

Agora sinto-me muito mais leve e tranquila, embora tenha de contar a todos o que ainda não contei.

LOVE? IMPOSSIBLEOnde histórias criam vida. Descubra agora