11

483 25 1
                                    

Por momentos afasto as dores de mim ao lembrar-me do jogador a dizer que estava mais preocupado comigo do que em avisá-los.

É por causa destas pequenas coisas que não percebo o porquê de termos sido da forma que fomos um com o outro.

- Se calhar é melhor dizer ao Rafa. - pego no telemóvel.

- Não te preocupes. O Samaris disse que ia falar com ele. - ele impede-me colocando a mão por cima da minha. Mostro-lhe um pequeno sorriso que é retribuído da mesma forma.

Não há parede à volta de coração nenhum que resista a estas pequenas coisas. Gestos que me aquecem o coração e a alma e que me fazem esquecer tudo o que ficou para trás.

Encosto-me e o jogador coloca as minhas pernas por cima das suas. Fecho os olhos. O cansaço começa a invadir-me.

Sinto-me uma carícia inesperada na minha bochecha que sabe tão bem.

O tempo continua a passar e depois de quase 2 horas de espera finalmente chamam o meu nome.

Explico novamente o sucedido, mas desta vez ao médico que examina o meu pé e o meu tornozelo e me informa que é necessário um raio-x.

Eu e o Odisseas agradecemos e vamos até ao raio-x que é feito rapidamente.

Estamos de volta à sala de espera até que chamem o meu nome novamente.

Uma hora depois, já à uma da tarde, chamam-me novamente.

O médico observa as imagens e diz-nos que se trata de uma entorse, por isso preciso de algum repouso, pomada e gelos durante alguns dias ou semanas.

Agradacemos novamente ao senhor e saímos finalmente do hospital.

- Vamos almoçar?? - o jogador pergunta enquanto me ajuda a chegar ao carro.

- Sim, onde quiseres. - respondo e agradeço a ajuda.

O Odisseas conduz até ao McDonalds mais próximo da minha casa e resolvo pedir o nosso almoço no drive perguntando se podíamos comer em minha casa ao que eu respondi que sim.

Rapidamente chegamos a minha casa e começamos a disfrutar da nossa refeição na sala.

- Áurea?? - o jogador do Benfica chama a minha atenção.

- Diz, Odisseas. - olho para o rapaz e respondo calmamente, o que ainda é novo para mim. Isto de falarmos bem um com o outro.

- Posso perguntar-te uma coisa?? - ele pergunta meio a medo.

- Sim, o que quiseres. - quando ouve a minha resposta parece suavizar automaticamente a sua expressão.

Espero que ele faça a pergunta que pretendia ao pedir a minha autorização para a fazer.

LOVE? IMPOSSIBLEOnde histórias criam vida. Descubra agora