Por momentos afasto as dores de mim ao lembrar-me do jogador a dizer que estava mais preocupado comigo do que em avisá-los.
É por causa destas pequenas coisas que não percebo o porquê de termos sido da forma que fomos um com o outro.
- Se calhar é melhor dizer ao Rafa. - pego no telemóvel.
- Não te preocupes. O Samaris disse que ia falar com ele. - ele impede-me colocando a mão por cima da minha. Mostro-lhe um pequeno sorriso que é retribuído da mesma forma.
Não há parede à volta de coração nenhum que resista a estas pequenas coisas. Gestos que me aquecem o coração e a alma e que me fazem esquecer tudo o que ficou para trás.
Encosto-me e o jogador coloca as minhas pernas por cima das suas. Fecho os olhos. O cansaço começa a invadir-me.
Sinto-me uma carícia inesperada na minha bochecha que sabe tão bem.
O tempo continua a passar e depois de quase 2 horas de espera finalmente chamam o meu nome.
Explico novamente o sucedido, mas desta vez ao médico que examina o meu pé e o meu tornozelo e me informa que é necessário um raio-x.
Eu e o Odisseas agradecemos e vamos até ao raio-x que é feito rapidamente.
Estamos de volta à sala de espera até que chamem o meu nome novamente.
Uma hora depois, já à uma da tarde, chamam-me novamente.
O médico observa as imagens e diz-nos que se trata de uma entorse, por isso preciso de algum repouso, pomada e gelos durante alguns dias ou semanas.
Agradacemos novamente ao senhor e saímos finalmente do hospital.
- Vamos almoçar?? - o jogador pergunta enquanto me ajuda a chegar ao carro.
- Sim, onde quiseres. - respondo e agradeço a ajuda.
O Odisseas conduz até ao McDonalds mais próximo da minha casa e resolvo pedir o nosso almoço no drive perguntando se podíamos comer em minha casa ao que eu respondi que sim.
Rapidamente chegamos a minha casa e começamos a disfrutar da nossa refeição na sala.
- Áurea?? - o jogador do Benfica chama a minha atenção.
- Diz, Odisseas. - olho para o rapaz e respondo calmamente, o que ainda é novo para mim. Isto de falarmos bem um com o outro.
- Posso perguntar-te uma coisa?? - ele pergunta meio a medo.
- Sim, o que quiseres. - quando ouve a minha resposta parece suavizar automaticamente a sua expressão.
Espero que ele faça a pergunta que pretendia ao pedir a minha autorização para a fazer.
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LOVE? IMPOSSIBLE
Fiksi PenggemarDuas pessoas que quase não se podem ver... Será essa uma forma de reagirem a outros sentimentos escondidos dentro de cada um?