nova estrada?

163 8 0
                                    

      Ando na calada e sensata ao andar no piso madeira da ala do mestre, paro em frente a porta de correr madeira antigos no Oriente asiático e abaixo a cabeça.

     -Mestre?- chamo em um sussurro e logo sinto o cheiro do fumo tradicional dele.

  -entre meu tesouro.-ouço sua voz traçada pelo cansaço e o faço sem questionar.... Ele estava sentado na divisa da porta e da varanda com seu quimono preto e detalhes dourados. Seus cabelos grisalhos e marrons misturados com sua estatura firme e suas rugas destacavam seu frágil temperamento...
 
       Quando entrei percebi que ele não estava sozinho e sim bem acompanhado, um casal estava do lado direito do cômodo sentados corretamente. Usavam roupas normais, terno e vestido...

  -mandou me chamar Mestre?- pergunto me curvando para frente e ele limpa a garganta.

-sim tesouro, levante sua cabeça e me olhe nos olhos.- ele manda e eu faço sem hesitar- estava preocupado com sua demora tesouro.

-minha caça era muito...- digo com firmeza.- debochada.

 -oras e você resolveu não é mesmo?- ele pergunta e eu afirmo tensa e sem um sorriso sequer.- bom... Lhe chamei aqui por dois motivos.
 
     Ele se endireita e fica de frente pra mim do outro lado do quarto formalmente como sempre fazia.

-número um: tenho total confiança em você tesouro, sabendo disso eu lhe digo que ira se mudar temporariamente.- ele diz e eu não tenho nenhuma expressão pois ele não deixava, mais por dentro eu rugia de dúvidas.- e segunda: você vai trabalhar com vampiros.
   
     Ele diz e aponta para o casal que olho diretamente com certo receio.

-eles são humanos e vai guiar você até a academia.- ele diz é afirmo avaliando eles...

       Ele era sério mais tinha rosto calmo e tranquilo, usava óculos redondos e um anel de ouro... Uma barba por fazer e seus cabelos escuros penteados para trás e bem brilhantes.
     
       A moça era diferente, seus olhos brilhavam algo que sabia oque era: expectativa... Pura e bela, seus cabelos ruivos e seus olhos bem puxados. Eram escuros, mais escuros que do senhor. Seu vestido era bem comportado de cor blasé.

-amanhã você irá para a academia ao entardecer.- diz me tirando de minha avaliação.- não poderá tocar ou machucar qualquer um dos seres ali matriculado na academia.

-sim Mestre.- falo me curvando voltando ao olhar frio para seu rosto.

 -pode se retirar.- diz e afirmo me curvando novamente e pedindo licença.
 
        Saio de lá com o ar presso na gula e a raiva fervendo dentro de mim, o Mestre sabe da raiva e ódio que tenho deles e não é pouca... Porque escolheu logo a mim?
 
     Entro batendo a porta e desatado meu rabo de cavalo, me jogo na cama de cara e mordo o travesseiro. Merda, merda, merda!

      Na alta da madrugada ouvimos a porta do quarto se abrir e eu já engatar a arma em minha mão e meus instintos arrepiarem meu corpo, não eram as garotas. Elas não brincam assim comigo.

-levante tesouro.- ouço a voz de Mestre e suspiro retirando a mão da arma e me virando para então ele ligar a luz e eu me sentar na cama.- vejo que ainda não adormeceu.

-não Mestre.- falo apertando a mão sobre a outra.- oque devo a sua visita Mestre.

-falar sobre o acordo de ir na escola olhar o comportamento dos vampiros- ele diz e eu afirmo olhando para baixo.- tesouro eu sei que você está tensa com a questão.

        Afirmo e ele se senta na beirada de minha cama.

-sabe por que escolhi você tesouro?- nego levando uma mecha de meus longos cabelos para trás.- porque sei o quanto é forte e não vai desobedecer uma ordem minha... Nesse caso eu tenho completa confiança em você para assassinar ao escuro um alvo.

  Levanto o olhar ele me entrava uma foto, nela tinha uma família de três pessoas... Dois homens e uma mulher sentada em uma poltrona com a mão de um senhor bonito de olhos vermelhos e um garoto sentado ao seu lado segurando sua mão bem belo e do mesmo jeito... Olhos vivos e pele pálida.

-está vendo essa família?- pergunta e eu afirmo.- eles são sangue puros...

-mais como?- pergunto olhando para ele.- pensei que haviam morrido a anos Mestre.

        Ele nega e vira o rosto velho para olhar em nosso mural do quarto.

-pensei a mesma coisa.- ele diz e então volta a me olhar.-por isso te treinei com unhas e dentes tesouro. Para você matar essa família sangue suga que dissipou milhares e milhares de pessoas inocentes.- olho para a foto e vejo o sorriso da mulher.- não necessariamente a família mais esse garoto...

  Ele aponta para o rapaz sentado e volta a segurar minha mão.

-tenho fé em você e seu que você pode e vai fazer isso- ele diz com firmeza.- sem dó nem piedade tesouro... Você está atingindo a maioridade e segui-rà outro caminho.

-sim mestre.- digo firme e volto a olhar para ele.- honrar o seu nome e de nossa família é o principal Mestre...

-exatamente querida- ele diz e sorri passando os dedos em meu rosto.- quero que você avalie eles de perto e consiga um ponto fraco nele, quando conseguir venha até mim e te darei a arma certa para matar o sangue puro...

-sim Mestre.- falo e ele afirma com a cabeça se levantando.- não irei lhe decepcionar.

-disso eu sei meu tesouro, eu sei...-ele diz e se vai.

       Me levanto da cama e coloco a foto sob a mesa de escrivaninha... Olho novamente para a família e vejo o tamanho do nojo que tenho deles, unicamente deles... Criadores desses seres implícitos e nojentos, sugadores de sangue. Matar era oque eu estava apenas pensando e analisado em linha mente.

amor de vampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora