céu resplandecente,
estrelas riscam um
espelho límpido,
peixes-vermelhos
alastram as
correntes de
impossibilidades,
na folha de papel,
na pele dele e nos fios
de seda dos cabelos
avermelhados dela,
brilha a imensidão
da vida, véus de
cometas traçam os
nós de átomos do
universo, adentrando
pela janela das linhas
do poeta e das florestas
de vidro e concreto,
entre os passos
apressados do
ser humano, as
flores violetas
melífluas sorriem
no jardim da alma
vivaz, como os
movimentos do
oceano, o coração
rasurado pela
dor e a desilusão
renasceu da poeira
de uma destruição,
ele orbita os
pensamentos de
quem lhe ama
e viaja pelos
poros das galáxias
do seu mundo,
nas entrelinhas das
paredes negras, os
momentos são pedaços
de palavras soltas
circulando ao vento,
habitamos a incerteza
na rede do horizonte,
ora nublado,
depois
radiante.Mayara Orcelino.
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Para o homem borboleta-azul que vive na colina do outono estelar
Poetrysalvo entre diversos arquivos, guardado e nunca lido por terceiros, este era um livro secreto, porque ele tinha um valoroso objetivo para concluir. mas, há vezes que desce dos céus, fortemente, chuvas que desmoronam, lavam e restauram o equilíbrio...