salva-a

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A porta abriu-se e vi a tal bruxa a entrar.

-Temos um problema.

-O que se passa?

-Ele estava lá fora, pus-o inconsciente, mas não sei o que ele ouviu.

-Estás a falar a sério? Oh porra!!

Observei atentamente a conversa,  ainda não estava a perceber bem o que se passava, neste momento só pensava na minha pequena e o quanto gostava que Rhui me viesse salvar,  sei que parece um pouco foleiro mas quando estamos em apuros acabamos por pensar nas pessoas que mais significam para nós.

-Lúcia!?

Espera, eu conheço esta voz.

À porta estava Rhui, zonzo.

Os meus olhos começaram a ficar embaciados, ele olhou directamente para mim e pós a mão na boca, eu tinha os pulsos já em sangue, devido a força que fiz para tentar sair dali, embora não me incomodasse, sei que não era algo propriamente agradável de ver.

Rhui caminhava até mim

-Faz alguma coisa- berrou Lúcia para Telia.

Telia, assim se chamava a bruxa, proferiu umas palavras estranhas e Rhui adormeceu.

-O que lhe estas a fazer?

-Cala-te.

-Lúcia- berrei, eu estava a chegar ao meu máximo- pára, o que pensas que podes fazer, ele já te viu.

-Há algo que possas fazer para lhe apagar a memória?

Telia apenas abanou negativamente a cabeça.

Lúcia andava freneticamente de um lado para o outro, as suas mãos soavam e ela estava prestes a entrar em pânico.

-Então parece que teram de morrer todos.

Sophia agarrou-se a mim.

Os olhos de Lúcia eram agora apenas negro,  arrisco me a dizer, que eram um precipício,  estavam sombrios e assustadores.

-Lúcia que pensas que estás a fazer? Não sejas parva, deixa-nos ir e prometo que ninguém irá atrás de ti.

-Não,  eu sei como isto funciona, só uma de nós poderá sair daqui viva.

-Telia vai buscar as coisas, temos de sair daqui logo a seguir.

-Ok.

E assim ela saiu.

-Lúcia por favor!?

-Não posso, tu não percebes,  agora já não é uma questão de vingança mas sim de sobrevivência,  e tenho de o fazer por ela.

-Por ela!?

-Sim, ela é a última família que tenho.

-Família!?

-A história resumida, a minha mãe era bruxa e o meu pai era apenas um simples mortal, a minha mae engravidou de gémeas,  eu e a minha irmã,  mas apenas ela saiu com poderes, quando engravidei, sai de casa e nunca mais voltei, ser a normal não era propriamente bom na minha família, e a poucos anos, ela meteu nuns problemas e precisou de ajuda e foi ai que me procurou e contou que era a ultima da minha geração, tenho o dever de a proteger.

-Eu percebo, assim percebes o que sinto por Sophia,  por favor protege-a.

-Ela não é minha responsabilidade.

Lúcia tanto era uma pessoa "normal", como uma pessoa extremamente fria.

-Lúcia por favor, imploro-te.O teu problema é comigo, deixa-os ir.

A porta abriu.

-As malas já estão no carro.

-Ok, vai para o carro, lembras te do plano de emergência?

- Sim.

-Vai para o jipe e executa-o

-Mas.

-Vai, e já sabes, mesmo que eu não saia sabes o que tens de fazer.

-Tia Lúcia!

-Vai

Telia saiu porta fora, as lágrimas escorriam pela minha cara a baixo.

-Por favor Lúcia.

Esta ignoro-me e caminhou até Rhui, abaixou-se e passou a sua mão pela a cara dele.

-Devias ter-me escolhido,  teria sido tudo mais fácil.

De repente só vejo Lúcia a rodar e Rhui sobre esta.

Lúcia não conseguia se mover.

-Estás bem? -Rhui perguntou.

-Sophia tira as cordas a mãe.

Mal Sophia tocou nas cordas estas queimaram-na.

-Ai.

-Não mexas mais.

Ouvi Rhui pedir desculpa e este rodou o pescoço de Lúcia,   "matando-a".

Rhui chegou ao pé de mim, tocou nas minhas cordas e tal como com Sophia as suas maos queimaram.

-Devem ter verbana, ou um feitiço.

Rhui voltou a tentar. Mas quanto mais tentava mais se magoava a ele.

De um momento para o outro, a sala começou a ficar em chamas.

- Mamã.

Rhui olhou para mim, e começou a tentar tirar as cordas mais rapidamente,  sem sucesso.

-Rhui- Este não parou, então berrei-Rhui.

Ele olhou para mim atentamente.

-Vai

-Não

-Vai, e leva-a, por favor, por mim, salva-a e salva-te.

-Não posso te deixar.

-A casa está em chamas, vamos morrer todos, leva- a e vai-te embora.

Rhui olhou para mim e vi a batalha interior que ele estava a ter.

Chamei Sophia, que já tossia devido ao fumo e beijei a sua testa.

-A mãe ama-te muito sim.

-Mãe!

-Leva-a -Berrei.

Rhui pego-a ao colo e beijou-me.

-Amo-te.

E saiu entre as chamas.

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Boa noite, leiam é importante

Gostaria de pedir primeiro que tudo desculpa,  têm razão,  não tenho actualizado com frequência,  nada justifica mas a verdade é que quero entrar em medicina e a minha média tem de subir um bocadinho, assim sendo tenho me concentrado na escola,  mas não é justo para vocês e peço imensa desculpa.

Segundo,  quero agradecer vos, tem sido tão boas para mim, obrigada por isso e por me apoiarem.

Também quero estar aqui para vocês,  se precisarem de algo mandem mensagem privada, podem falar comigo sobre tudo, já me disseram que sou uma boa psicóloga :)

Bem obrigada por tudo, beijo

Vampira!?Onde histórias criam vida. Descubra agora