Morte?

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-Naquela noite recebi uma carta de James, ele despedia-se de mim e explicava a razão pela qual ia morrer, ele morreu em honra dos meus pais.Eu chorei, senti-me culpada, injustiçada, vazia, eu estava um caco, estava partida, quebrada.Passei horas a pensar, a culpa pela morte de James estava sobre os meus ombros e eu não aguentava, então decidi, se ele não teve o direito de viver, eu também não tinha. Deixei uma carta a Martha a explicar as coisas por alto e saí porta fora decidida que o amanhã não existiria para mim.

Fiz uma breve pausa, olhei para ele, ele estava diferente, sei que nao envelhecermos mas juro que Rui parecia mais velho.

-Já estava preparada para morrer, quando encontrei Sophia, bem ela encontrou-me, ela mudou a minha vida, mostrou-me porque lutar, ela salvou-me, adotei-a, ela tal como nós é vampira, tem um poder, mas é muitíssimo poderosa, ela rompeu a minha barreira, mesmo antes de a conhecer.

-Eu não sabia.

-Eh

-Mas isso não te dá o direito de me abandonares, de abandonares a Ordem.

-Eu sei.

-Sabes que eu vou ter de o fazer.

-Sei, mas porfavor promete me que tomaras conta de Sophia, ela sabe quem tu és, ela sabe que se haver problemas deve ir ter contigo.

-Comigo?!

Apenas sorri.

Ele olhou para o chão, remecheu as folhas daquele Outono que enchia a floresta cheia de cor.

-Eu tenho mesmo de o fazer.

-Eu sei

Sorri, a morte não me assustava mais, e eu sabia que Sophia ficaria bem, que Linda ficaria salva, eu sabia disso.

-Eu vou te adromecer por causa de tudo e só depois te matarei.

-Ok

Devem perguntar o porquê de eu não lutar, o porquê de eu não estar chatiada, é simples, eu sei que esta  é a minha hora de ir, e se eu fugisse outravez, que vida é que Sophia teria, não tenho o direito de fazer isso, ela merce uma boa vida, uma vida de paz e sossego, eu devo-lhe isso.

Rui pôs as suas mãos à volta do meu pescoço, começou a apertar, vi nessa altura já com os olhos meio embaciados das lágrimas, uma coisa que não era habitual, Rui estava triste, eu antes de desmaiar sorri e toquei com a minha mão no seu rosto, e depois apenas vi escuro.

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