E errado.

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Não fazia a mínima idéia para onde ia-mos, vesti um vestido que me vai até ao joelhos, chique mas nada de mais, numa tonalidade de azul, calcei uns saltos pretos, pus maquiagem, nada de mais, a suficiente só para me sentir mais confiante e apenas pente-ei os meus cabelos, cheguei a sala e ele continuava no mesmo sítio.

-Eu não sei se vamos a um sítio chique ou normal, então...

Quando ele se levantou percebi que estava de smoking, acertei em escolher este vestido.

-Estas linda.

Eu sorri e olhei para baixo.

-Vamos

Ele olhou para mim e sorriu.

-Sim

Já estava-mos no carro, por mais que perguntasse ele não me dizia aonde ia-mos.

Encostei a minha cabeça ao vidro frio e a única coisa que eu pensava era que me estava a deixar levar por este homem, já gostava dele o suficiente.

Mas não, não era ainda o mesmo sentimentos que eu nutria por James.

Mas já era algo e isso assustava-me realmente.

-Chega-mos

Estava tão absorvida nos meus pensamentos que nem reparei que o carro tinha parado.

Estava-mos a frente de um restaurante, o edifício estava virado para o mar, quando entrei consegui ver os lindos azulejos, era tão chique e antiquado, fazia-me sentir uma princesa.

Um senhor levou-nos a nossa mesa, o restaurante estava cheio, pessoas e vampiros preenchem este espaço, vi que um senhor chegou ao pé de nós.

-Senhor, chamo-me Louis, serei o vosso empregado desta noite-ele disse para Rhui, era vampiro e logo calculei que este restaurante devia ser gerado por "pessoas" como eu.

-Irei trazer o melhor "vinho" que temos.

Ele logo saiu.

-Este restaurante é de um colega meu, infelizmente ele não está cá hoje, mas este é o melhor sítio para vir-mos.

Acenti

Pedi-mos a comida e eu tinha o meu olhar preso no mar, ele hoje estava especialmente bravo.

Senti o olhar de Rhui sobre mim.

-Dava mil dólares para saber o que estas a pensar.

-O mar está revoltado.

-Éh, já tinha reparado.

-Mas está bonito.

-É como tu, resmungona e  revoltada, mas linda e doce.

-Porquê?

-Porquê o quê?

-Porquê que fazes isto, levas-me a jantar e dizes coisas, levas-me a pensar coisas.

-Coisas?

-Sim coisas.

-O quê?

-Levas-me a pensar que gostas de mim, mas tu não namoras,tu próprio o disses-te uma vez que estava-mos a ver tv na sala.

-Eu...

-Eu, não devia ter dito isto,desculpa.

Levantei-me e fui a casa-de-banho.

Este estranho sentimento assusta-me tanto, James morreu por amor e eu sofri, sofri tanto que estava desposta a acabar com a minha vida, iria eu me sujeitar a esse sentimento outravez?

Mas a pergunta nem é essa,a pergunta é, conseguirei fazer alguma coisa para evitar este sentimento?

Os meus pensamentos foram abruptamente interrompidos pelo barulho da porta a abrir, mas eu tinha a trancado!!!

Rhui entrou e fecho a porta.

-És tão parva, fazes tantas perguntas, e queres sempre ter razão, mas não tens.

Fiquei assustada com a rigidez da sua voz.

-E tu és bipolar, só pode mesmo, há dias que falas bem comigo, proteges-me e fazes tudo o que  está ao teu alcance para me ajudares e depois logo a seguir berras comigo, vens zangado e revoltado e gritas.

-É a única forma de me ouvires

-Não, não é!

-Tu és tão forte mas ao mesmo tempo tão frágil.

Calei-me, ele tinha razão.

Ele aproximou-se de mim.

-Tens de parar de pensar.

-Não posso.

-Porquê?

-Porque se paro, cometo erros.

-As vezes cometer deslizes sabe bem.

A medida que Rhui falava este aproximava-se.

-Mas esses deslizes podem magoar-te.

Rhui estava perigosamente junto a mim.

-Queres dizer mais alguma coisa antes.

-Antes, antes do quê?

Não tive tempo para mais nada.

A boca de Rhui beijava-me com necessidade, a sua língua pediu passagem e assim o fiz, largamo-nos apenas quando não tínhamos ar.

-Mas

-Não fales porfavor, vamos jantar e depois vamos a praia ai falas.

-Ok

Acheitei-me depois de ele sair da casa de banho.

Quando cheguei a mesa este sorriu e eu pensei.

Porra estou a ficar apaixonada.

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