Sonho

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Passaram 2 semanas desde aquele sonho, nunca mais vi Martha.

-Está tudo bem Mary?

-Sim Linda está.

-Não, não está, eu conheço te e está última semana tens estado assim, estranha.

-Eu, eu falei com Martha.

-Como?

-Através de um sonho, ela contou-me tudo.

-Eu quero que saiba que só o fiz para te proteger.

-Eu sei- sorri- e agradeço por isso, mas não é só isso, acho que aquilo na ordem está mal.

-Eu sei, tense comentado isso, muito.

-Tenho medo que toda está mudança tenha causado mais consequências do que eu imaginava.

-Não há nada a fazer agora.

-Tens razão.

Assim se passaram mais 2 semanas.

Sinto-me estranha hoje, como tivesse um frio na barriga que me avisa-se que algo mau iria ocorrer.

O dia foi relativamente calmo.

Estava de novo a sonhar com o campo de flores lilás, mas desta vez era diferente, eu tinha vestido um vestido preto, e o céu estava sombrio.

-Mary.

Olhei em frente e deparei-me com uma Martha triste e cansada.

-Martha, o que se passa?

-Desculpa.

-Desculpa?

-Ele encontrou-te e vai aí te matar.

-Quem

-Rui

-Mas, porquê?

-Ele não é a mesma pessoa que era antes de ires embora.

-Promete-me que se me acontecer algo tu proteges a minha família.

-Prometo.

-Não tenho tempo para fugir pois não?

-Não ele estará aí logo quando acordares.

Suspurei, um suspiro alto, olhei para Martha e sorri, envolvi os meus braços ao seu redor e apertei com força, abraçado á com todo o meu amor.

-Obrigada, por tudo.

-Mas Mary, não consegui impedi-lo.

-Não faz mal, eu sou feliz, não tive uma vida fácil mas sou feliz, e morrerei feliz.

-Não digas isso, ele irá mudar de ideias.

Abracei-a e dei-lhe um beijo na testa.

-Amo-te- firei costas e comecei a caminhar - para sempre.

Acordei, agarrei-me a minha menina, que ainda dormia passivicamente.

Beijei a sua testa, ela sorriu e abriu os olhos.

-Mama

-Sabes que a mama te ama muito não Sabes?

-Sei mama, eu também te amo muitíssimo.

Ela falou ensonada, virando-se para o outro lado e voltando a dormir.

Mantive-me ali mais algum tempo, apenas olhando para a minha filha.

Pensei em tudo, no futuro espetacular que ela irá ter, começaram a cair lágrimas, por saber que eu não fazia parte desse futuro.

Ouvi um barulho lá fora, dei-lhe um beijo na testa e saí.

-Aqui estas tu

-Pois, aqui estou eu Rui.

-Eu avisei que não podias ir embora, que se te comprometias a ficar, ficavas.

Senti o mesmo terror e pânico, que senti quando o vi pela primeira vez, a sua voz estava a agora carregada de ódio., mas algo estava diferente eu agora era outra pessoa, agora não tinha medo da morte.

-Eu sei, e vieste aqui comprir a tua promeca, vieste matar-me, mas não aqui, aqui está a minha família.

Virei-me e ele falou.

-Porquê não aqui, tens o teu namorado a dormir lá dentro é?

-Não, tenho a minha filha.

-Filha?

-Falamos ali- e aponte para a floresta.

Fui até lá a correr.

Encontavamos-nos, na ponta mais afastada da floresta.

Rui agarrou-me pela garganta, fazendo-me virar para ele.

-FILHA?

Ele berrou

-Sim, filha, quando eu estava determinada a acabar com a minha vida ela salvou-me.

-Ias matar-te?

-Talvez seja melhor conversar-mos primeiro....

Vampira!?Onde histórias criam vida. Descubra agora