Carona

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     P.o. Shino

   Cheguei no restaurante meia hora depois do combinado, o que pareceu não ser nenhum problema para os três homens que estão sentados à mesa, meu pai, um outro senhor e um rapaz da minha idade- provavelmente.
   __Meu filho- meu pai se levantou- você chegou em boa hora- me sentei ao seu lado ficando então de frente para o nossos convidados- estávamos falando sobre o ramo de trabalho que o Sr.Inuzuka seguiu.
   Como se eu me importasse, penso evitando rolar os olhos. Olho para o filho do amigo de meu pai e o encontro com um pequeno sorriso olhando para mim, mas assim que meu olhar encontra o seu o mesmo muda de foco para meu pai, e eu só consegui pensar no quanto ele parecia... normal demais, estava devidamente arrumado para a ocasião e se portava de maneira educanda, era quase a personificação perfeita de um Príncipe, só faltava o cavalo branco e uma coroa.
   __Kiba tem seu próprio negócio- o homem falou orgulhoso- sempre pensei que ele causaria administração para entra na nossa empresa- olhou para o filho- mas um dia ele simplesmente chega e me fala que irá dar início à um projeto criado por ele e um amigo que eu nem conhecia. Fiquei preocupado no começo, mas em menos de um ano eles já faziam sucesso.
   __Surpreendente não acha Shino?- meu pai perguntou.
   __Sim, claro- falei o que era verdade.
   Depois desse pequeno diálogo, isso dois começaram uma conversa da qual eu não dava a mínima, estava tentando pensar em qualquer outra coisa que não fosse sobre esse casamento que estam querendo me meter...
   __Então sobre a união de vocês...- fui tirado de meus devaneios.
   __Não há necessidade de ter uma união entre eu e o Sr. Inuzuka para que haja uma união entre nossas empresas pai- falei sério o olhando para enfatizar mais minha decisão- um contrato que abrange os interesses de ambos é a forma mais moderna que temos para isso, conhecem?
   Os três me olhavam surpresos como se eu tivesse ganhado um terceiro olho.
   __Já havíamos falado sobre isso Shino!- sua irritação era clara.
   __Exatamente. Eu já lhe disse minha opinião sobre isso e não é agora que eu vou mudar.
   __... Uma dia você vai ter que casar...
   __Quando e se esse dia chegar vai ser por amor e não por... isso. Seja sincero pai, Seu Inuzuka, o que é mais importante para vocês, suas empresas ou a felicidade de seus filhos?
   Não obtive uma resposta, mas para quem conhece meu pai sabe que isso o abalou um pouco. Não queria mágoa_lo insinuando que ele não se importa comigo, mas foi o único jeito que encontrei para fazer com que ele me entenda, não há pessoa no mundo que se preocupa mais comigo do que ele, mas existe limite pra tudo nessa vida.
   Em algum momento, diante desse longo silêncio, um celular começou a tocar, era o de Kiba, ele saiu para poder atente_lo, se passaram apenas alguns segundos mais eu já estava querendo ir embora. Me levantei falando que iria ao banheiro mas segui rumo é pra fora desse restaurante, omotivo desse jantar era o casamento, e se não há mais casamento, não tem mais jantar, certo? Certo.
   Já do lado de fora eu encontro o meu não-noivo falando no telefone.
   __O que foi que ele te fez dessa vez?- ele parecia preocupado- Eu juro que se ele de machucou eu v--
   __...- não era tava pra escutar quem estava do outro lado.
   __Então o que aconteceu pequeno? Por que quer que eu volte logo?- ele estava de costas para mim, mas pude nota_lo desfazer o nó da gravata.
   __...
   __Parar com o que? Você está com o Akamaru?
   __...
   Quem seria esse Aka alguma coisa?
   __ Sem enrolação.
   __...
   Ele ficou um bom tempo em silêncio antes de voltar a falar, talvez estivesse perdido em pensamentos ou só escutando o que a outra pessoa falava.
   __Estou bem pequeno- ele olhou pra cima e eu me perguntei porque eu ainda estava ouvindo sua conversa como se me interessasse (nota: nesse estória vocês fazem tudo o que a autora/eu quer).
   __...
   __Oh! Isso é bom, menos dor de cabeça pra mim- Seu olhar estava na rua agora.
   __...
   __Por que será que estou de imaginando fazendo um biquinho super fofo agora?
   __...
   __Poxa! Quando mal humor pra pouco tamanho- aquilo com certeza era pra provocar alguém, nunca se deve ditar sarro da altura de alguém.
   __...- ele começou a rir sem se importar com algumas pessoas olhando para si.
   __Oh é sim!
   __...
   __É sim- insistiu.
   __...
   __Ok, ok... mas e aí, o que aconteceu depois?
   __...- houve mais um longo tempo em silêncio.
   __Uou, que história! Um pouco assustadora eu confesso, seu irmão querendo me dar um presente? E meio estranho não acha?- o que poderia ter de tão assustador nisso?
   __...
   __Ah... mais ou menos?
   __KIBA!- a pessoa do outro lado da linha gritou estão fui capaz de ouvi_la.
   __Não vai dá não, to ocupado.
   __...
   __Mas eu tenho q-- tentou falar.
   __...
   __Você está me tratando como um cachorrinho! E o que aconteceu com o "Kiba-kun"?- falou, numa óbvia, falsa irritação.
   __...
   __Calma pequeno eu estava brincando, já estou até me preparando pra ir aí, ta?
   __...
   __Em 15 minutos eu chego ok?
   __...
   __Então tchau.
   __Você está indo embora?- perguntei assim que ele desligou.
   __Puta merda!- ele se assustou- quer me matar do coração é?- se virou para mim com a mão no peito.
   __Perderia minha carona caso isso acontecesse- não queria chamar um táxi muito menos esperar meu pai.
   __Quer ir para algum lugar específico?- perguntou enquanto andava na direção do estacionamento do restaurante.
   __Não, mas qualquer lugar que seja longe do meu pai e o seu ta valendo- dei de ombros e ele olhou as horas.
   __Hum... olha- subiu numa moto- eu não quero que você me entenda mal nem nada, eu não to flertando com você ou to querendo de sequestra nem algo do tipo, mas é que eu tenho que chegar em casa logo, então você se importaria se eu ti levasse lá primeiro?- falou um pouco rápido mas pude entender.
   __Acho... Acho que não tem problema... mas deste que você não tente nada- o adverti.
   __Prometo que não! Além de que, eu estou de devendo uma- estendeu um capacete pra mim- só trouxe um, não esperava voltar acompanhado.
   __Oh não, não, use_o você, é seu- recusei.
   __Coloque_o, você é pequeno, se a gente cai, algo que eu não pretendo, você é o que vai se machucar mais- a minha vontade naquele momento era pecar sim o capacete e tacar na cara desse sujeito, mas por pura educação não fiz, coloquei_o e subi na moto.
   __Se segura porque eu vou rápido- avisou mas eu não esperava que ele fosse tão rápido assim. Quando, finalmente, paramos eu só sabia xingar e gritar com ele, porra! Ele poderia ter nos matado, nunca agradeci tanto por usar um capacete, filho da puta maltido que não tem amor a vida! Se arrependimento matasse, o ceifeiro seria esse homem.

€€¤€€

Olá pessoal!
Como vocês podem tem notado aqui temos uma revisão dos capítulos anteriores só que do ponto de vista do Shino.
Ah! Essa estória tem como os casais principais Sasunaru e Itadei. MAS, eu também vou focar- bastante- nos outros. Então estejam bem preparados para a enxurrada de emoções e entretenimento que essa história os lhes proporcionar.
Beijos (na bochecha)
:)

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