Born To Die

catorze

Era o primeiro dia de Eren e Carla em sua nova casa, obviamente, Levi estava com eles para ajudar na mudança toda. Carla, enquanto mexia em uma caixa achou uma câmera velha, uma que ainda tinha bastante filme para ser gasto, seu famoso sorriso divertido surgiu em sua face e ela apontou a câmera para os meninos em sua sala, ficando surpresa ao ver que a máquina ainda funcionava.
- Meninos! - Chamou a atenção dos garotos que a olharam com uma interrogação em suas faces - Acenem para a câmera!
- Wow - Eren acenou divertido e abraçou Levi o incentivando a fazer o mesmo, que acabou desistindo e entrando na brincadeira - Posso pegar emprestada?
- Claro - Pausou o vídeo e entregou a câmera para o filho - Vou ver se encontro mais coisas da era dos dinossauros - Ela saiu da sala principal e Levi pegou a câmera das mãos de Eren e começou a filmar o jovem.
- Como sabe filmar? - Perguntou corado, uma coisa era posar para a mãe, outra era para Levi.
- Geralmente o botão de desligar é o mesmo que liga - Deu de umbros e olhou pela lente - Faça suas caras e bocas - O sorriso de Levi naquele momento era divino, assim como o de Eren, que começou a fazer caretas para a câmera.
Em poucos segundos Eren pegou a câmera de volta e a colocou em cima de alguns livros e caixas em cima da mesinha de centro e se sentou a frente da mesma junto à Levi.
- Tenho algo para dizer - Confessou o jovem, sabendo que a câmera ainda permanecia gravando.
- Diga - Levi nem sequer olhou para a câmera, em sua mente, a mesma estava desligada.
- Eu amo você - Eren disse sério, as bochechas coradas e os olhos brilhantes.
- Pirralho - Foi a única coisa que Levi disse antes de puxa-lo para um beijo digno de cinema.
Aquela câmera ainda teria muito trabalho pela frente.

Levi olhava para os lados desconfiado de qualquer movimento brusco que poderia vir de dentro dos arbustos ou para qualquer som que se parecesse com sirenes da polícia, não queria ser pego aquela noite.
- Aqui - Levi entregou ao homem um pacote, dentro do mesmo haviam algumas fórmulas para uma nova droga.
- Isso aí! - Comemorou e entregou o pacote para o comparsa - Nosso motorista favorito está de volta! - O homem conferiu e retirou de seu paletó um bolo de dinheiro e entregou a Levi, que pegou o mesmo de bom grado e acelerou. Só queria estar longe dali o mais rápido possível.
Quando o moreno virou na esquina, um som conhecido e odiado pode ser ouvido pelo mesm, sirenes. A polícia havia visto tudo. Para sua sorte, quando ia fazer entregas, não costumava usar a placa de seu carro e quando foi seguido por um policial, usar a placa ficou fora de cogitação. Acelerou seu mustang, que parecia - Mesmo sendo um objeto - dançar apaixonado pela velocidade que estava ganhando, as listras brancas em seus pneus negros já nem se quer pareciam estar ali, o ponteiro no painel marcava duzentos, mas Levi sabia que ele e seu companheiro negro estavam muito mais rápidos do que isso. Olhou de forma rápida pelo retrovisor, os policiais ainda tentavam persigui-lo, mas era óbvio que iria ser mais uma fuga com sucesso.
O som de carros batendo ao longe soou e mais uma vez olhou pelo retrovisor, diminuiu a velocidade, mas não parou. Um veículo prata capotado e uma viatura a alguns metros de distância. Pela primeira vez, ele havia causado um acidente.
Virou o rosto e continuou sua viagem em meio a noite escura e sem estrelas. Um frio percorreu seu corpo, mas os vidros do mustang estavam fechados, parou o carro em um beco escuro e desligou o mesmo, retirou o celular do bolso e enviou uma rápida mensagem para Eren.
" Você está bem? " Obviamente, a resposta não veio de imediato, afinal, não passava das quatro da manhã.
" Na medida do possível " A resposta do garoto fez Levi relaxar, ele estava bem, não tinha por que se preocupar.
Jogou o celular no banco do carona e ligou mais uma vez seu carro, já não conseguia ouvir mais as sirenes, provavelmente haviam ficado para trás.
Saiu de forma lenta de dentro do beco, seu coração ainda batia forte e dolorido dentro de seu peito, um sentimento agonizante permanecia em seu corpo e a ancia de vômito era presente.
Pela última vez naquela noite, as rodas do mustang pararam em frente a casa que Carla havia alugado para ela e para o filho, as suspeitas de Levi eram que algo iria aconteceu com seu jovem garoto, mal sabia ele que era algo pior.