Time

2.3K 174 21
                                    


Point of view Selena

O nervosismo tomava conta de cada mísera célula do meu corpo, mas eu precisava confiar em mim, centenas de vida poderiam estar em minhas mãos, e eu não tinha a mínima ideia de quanto tempo teria. Talvez a bomba nem estivesse ativada, ou talvez estivesse e eu tinha poucos minutos; e a segunda opção tinha probabilidades bem maiores.

— O esquadrão antibombas já chegou! — Troy me falou e assenti enquanto olhava mais uma vez as fotos em minhas mãos.

— Quantos policiais temos?

— Cerca de trinta e cinco, é quase o dobro de homens no galpão. E além disso ainda tem o helicóptero que sobrevoará a área, não terá a menor chance de algum fugir.

— Sim... — murmurei massageando as têmporas. — Esse é o momento, vamos ao ataque!

Troy levou um das mãos ao meu ombro e apertou, me reconfortando.

— Relaxa, tudo vai dar certo! — apertei meus lábios em nervosismo, meu receio não era apenas pela gente. — E a Demetria também está bem, ela é a dona da porra toda, não é mesmo? Ela voltará com a garota e ilesa!

— Você tem razão! — sorri para ele. — Ela ainda me deve algo, e ela nunca quebra suas promessas!

— Não mesmo! — sorriu.

Coloquei as fotos sobre a mesa. Eu internamente achava que ainda tinha alguma ponta solta, mas não diria isso agora sem ter um fundamento lógico, então apenas guardei aquilo para mim. Peguei minha arma e olhei para o olho, acenando em sinal que a hora de irmos chegou.

— Jonas, quero que vão para o local e se posicionem estrategicamente em todas as entradas, daqui a oito minutos; quando estivermos perto de chegar; quero que o helicóptero comece a fazer o sobrevoo. — Troy falava pelo rádio transmissor enquanto caminhávamos até a viatura. — O esquadrão antibombas deve ir o mais rápido possível para o posto, a prioridade é dar cobertura para eles, e deixar qualquer cidadão longe daquele quarteirão.

O homem do outro lado murmurou um " afirmativo" e desligou.

— Algum movimento suspeito lá? — perguntei enquanto ligava o carro.

— Não, eles parecem nem saber que estão prestes a serem atacados.

— Eu não confiaria muito nisso, tudo parece muito fácil. — olhei para ele que ergueu a sobrancelha. — Fácil demais!

(...)

— Não tem ninguém na rua, e nem entrarão. — Troy murmurou, mas nem aquilo me convenceu de que tudo estava bem. — É apenas impressão, Selena.

— Deve ser! — suspirei.

Olhei para a rua deserta, a esse ponto eles já deveriam ter notado que seriam atacados e o barulho de tiro vindo da esquerda em direção a um dos nossos policiais só reforçou isso.

Merda!

— Cuidem dele! — avisei para dois policiais que estavam do meu lado e ergui minha arma em direção ao portão preto entreaberto. — Para conseguirem atirar dessa distância eles só podem ter armas com miras muito boas, tentem se defender o máximo que puder.

Eles assentiram e me levantei fazendo um disparo em direção ao portão que fez o homem recuar momentâneamente, mas logo o cano da arma saiu para fora e tive que me abaixar.

— Jonas! — chamei pelo rádio. — Mira nele!

Nicholas estava no topo de um prédio a frente com uma sniper, e não seria difícil conseguir mirar no homem.

Drown in love - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora