Drown in love - Camren

Finding You - Parte II

Point of view Lauren

Fui dormir com uma enxaqueca extrema, ver Camila com outra garota mexeu muito com meu emocional, doeu muito. Eu não conseguia acreditar que ela tinha me superado tão rápido, que ela não sentia a mesma dor dilacerante que eu... Que ela não estivesse me amando da forma que eu estava amando ela.

Eu sou uma estúpida!

Durante a noite tive diversos pesadelos e acordei várias vezes. No primeiro me senti sufocada. No segundo algo explodia. No terceiro uma onda me atingia... e no último uma mão tampava minha boca enquanto eu arregalava os olhos.

— Saudades de mim, Jauregui? — senti meus olhos lacrimejaram ao ouvir aquela voz de quem tanto me aterrorizava. — Eu vou tirar a mão, e você não vai gritar. — Senti o cano gelado de sua arma em minha nuca. — Se não você morre, sua vadia!

Pisquei os olhos várias vezes enquanto lágrimas desciam por meu rosto.

Não é um sonho!

Eu não gostava de estar viva, mas tinha medo de morrer.

Assenti enquanto ele pressionava sua mão calejada imunda em meus lábios e a removeu arrastando suas unhas podres em meu rosto, eu conseguia sentir a ardência na minha pele.

— Achou mesmo que eu não iria descobrir que você estava dando para outra pessoa? — puxou meu cabelo me obrigando a levantar. — Você é realmente uma imunda sem salvação, lésbica nojenta!

Discretamente levei a mão a meu pescoço e me praguejei infinitas vezes por ter tirado o rastreador para secar da chuva e esquecido de recolocá-lo, agora eu tinha a certeza que ninguém poderia me salvar dele.

— Vira! — mandou e fiz o que ele mandou, ouvindo em seguida um barulho metálico e uma ardência em meus pulsos que eram apertados.

Algemas.

— O que v-você vai fazer c-comigo? — perguntei trêmula e escutei sua risada nojenta e diabólica. — Não me machuca, por favor.

— Não vou fazer nada... — puxou meu cabelo com força, fazendo minha orelha ficar próxima de seu rosto e ele arrastar a boca para lá. — Ainda!

Me empurrou para frente, em tropeços em meus próprios pés ele me guiava em direção a janela com o cano gelado da arma pressionando minha espinha. A brisa da janela batia em meu rosto, e com a ventania ia toda a minha expectativa de alguém aparecer para me ajudar.

Não tinha ninguém. Eu estava sozinha.

De novo!

— Sobe! — me empurrou com força contra o batente. — Você é surda, imbecil?

Olhei para baixo e minha barriga gelou, meu quarto ficava no segundo andar, eu não poderia pular.

— É muito alto! — murmurei baixo e mais uma vez tive meu cabelo puxado. — Eu não posso pular daqui... — choramiguei, eu estava com medo.

— Ninguém vai pular, o barulho acordaria sua família de débeis. — empurrou minha cabeça, forçando minha nuca para frente. — Desce por essa escada!

Vi a escada pendurada e arregalei os olhos, eu estava com as mãos presas nas costas, de qualquer forma eu não teria como descer.

— Eu vou c-cair...

— Cala a boca e desce logo! — tirou o cano da arma das minhas costas e de surpresa me pegou pela cintura, me erguendo do chão e me fazendo ultrapassar o batente. — Coloca a porra do pé no degrau.