One day more

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Point of view Demetria

Depois de se passarem quase dois dias o homem da Hilux branca já estava fora de risco e podia receber visitas, então não tardei em ir até o hospital atrás de informações, nunca se sabe se o lado oposto poderia aparecer e tentar mudar o rumo do jogo, não podíamos dar chance ao acaso.

- Vocês ficam vigiando a porta! - ordenei para Selena e Troy.

Entrei no quarto frio e encontrei o homem deitado na cama com alguns aparelhos conectados a seu corpo e um soro. Quando me viu entrando ele arregalou os olhos e pude ver pelo aparelho seus batimentos cardíacos acelerarem.

- Está surpreso?  Isso me deixa triste, como pôde achar que eu não viria te visitar? 

Sentei na cadeira ao lado de sua cama e girei minha pistola de forma lenta no meu colo enquanto o garoto a minha frente me olhava apreensivo.

Isso é tão diverto!

- Então, Jason. - saboreei seu nome sem parar de brincar com a arma. - Como vai sua perna? 

Seu olhar ficou furioso e ri em deboche.

- Ah, como pude me esquecer? Você não tem mais ela, mil perdões.

Peguei a pasta que prendia entre a axila e o braço e abri, nela continha alguns arquivos sobre o caso. Seu olhar acompanhava atento mas ele não dizia nada.

- Quero que me diga onde os bebês e crianças ficam. - falei autoritária e ele continuou calado. - Cortaram sua língua fora junto com a perna?

Voltei a girar a arma enquanto um sorriso amplo ocupava meu rosto.

- O corpo humano é fantástico, cheio de membros. - estalei a língua enquanto ele se encolhia. - Você perdeu uma perna mas ainda posso usar várias partes suas como alvos.

- Você não pode fazer isso, é contra a lei. - falou finalmente.

- Querido, eu sou a lei.

O vi engolir em seco e levantei segurando a arma.

- Podemos resolver isso do jeito fácil, ou do jeito difícil. - destravei a arma e a rocei em seu braço o fazendo se encolher ainda mais. - Está com medo que eu atire?

- N- não...

- Não? - ri e movi a arma para sua cabeça, os seus batimentos ficaran tão rápidos que cheguei a ter receio do seu coração explodir. - Seria tão fácil acabar com sua existência medíocre, mas você realmente não precisa ter medo, não irei atirar.

Me inclinei fazendo minha boca ficar próxima a seu ouvido.

- Sei maneiras muito piores de matar alguém, bem mais demoradas e dolorosas. - voltei a ficar com o tronco reto e ri em deboche, o homem estava tão branco que a qualquer momento poderia desmaiar. - Vai contar ou não?

- Vou! - respondeu rápido.

- Que bondoso, é lindo seu desejo de colaborar, Jason. - Falei com sarcasmo e guardei a arma.

Voltei a sentar na cadeira e peguei o gravador.

- Pode começar a falar tudo que sabe. - ordenei e liguei o aparelho em minhas mãos.

- Eu não menti quando disse que só cuidava das crianças. - começou a falar e arqueei a sombrancelha.

- Não seja mentiroso, encontramos drogas no carro.

- Diante desse assunto achei que drogas fossem o de menos. - tentou se explicar.

- Drogas destroem famílias inteiras, não é relevante, também quero informações sobre. - Assentiu rapidamente e fiz sinal para que ele continuasse falando.

Drown in love - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora