A Guerra De Kandeah - Preparação de Ploxti (Livro I)

Batalha sobre a areia

Capítulo 16

-Vaitryx, cadê minha filha que não sai do quarto? – Vena perguntava encarando Vaitryx, que não parava de esfregar as mãos.

-Eu conto Vena, mas tens que me perdoar. A Frigus voltou para as piscinas e não voltou mais.

Vena se ergueu da mesa em que estava sentada, derrubando uma taça de vinho no chão.

-Vena me desculpa... – Vaitryx falou, mas Vena já estava longe.

Passando correndo pelos corredores, Vena chegou nas duas portas enormes protegidas por dois guardas, era a entrada da sala do trono.

-Abre. – Vena falou rispidamente.

-Não posso, o re... – O Guarda começava a explicar

-ABRE! – Vena gritou e empurrou as duas portas.

Quando entrou Schanken estava sentado em seu trono de ossos, duas mulheres conversavam sentadas em uma mesa perto do trono de Schanken. Um homem bem arrumado tagarelava com Schanken também.

-Vena! Que bom... -Schanken iniciou a ladainha.

-Schanken, cadê a princesa? – Vena perguntou olhando para o trono vazio, do lado de Schanken. – Cadê sua filha!?

-Primeiramente, exijo respeito. Sou o rei daqui e estou te recebendo de braços abertos como um velho amigo. Segundo, ela não é minha filha, era para ela ser a rainha, mas mulheres não podem comandar Lehota. Terceiro, ela estava acompanhando seus amigos, se eles não sabem, quem dirá eu. – Schanken se ergueu do trono apontando para Vena.

-Perdão, mas minha filha... – Vena iniciava a explicação quando um esqueleto chegou correndo.

-SENHOR! AS CATACUMBAS! ELAS FORAM DESTRUÍDAS! – O Esqueleto gritava.

-O que isso quer dizer Schanken? – Vena perguntou.

-Quer dizer que o reino está em perigo, que sua filha está morta e que provavelmente nós vamos junto com ela. – Schanken ficou branco.

Vena caiu de joelhos, querendo rasgar seu rosto. Schanken passou por ela ignorando-a totalmente. Uma das mulheres fez o mesmo, já a outra veio falar com ela.

-Está tudo bem? – A mulher perguntou sorrindo.

Vena olhou para ela, cabelos azuis num coque curto, uma armadura branca e leve e os olhos verdes.

-Você não ouviu o que ele falou? As catacumbas foram quebradas, sei lá o que isso significa, mas ele também falou que minha filha está morta. – Vena esfregava os olhos, ela já estava ficando sem ar.

-O Schanken perdeu o único amor da vida dele, uma mulher formosa daqui de Lehota, os reis daqui são decididos pela princesa, mas nesse reinado foi diferente, o antigo rei, Mortuus, era um cara muito "legal", ele criou leis aqui que nos ajudou, mas ele era louco por chacina, Heyna assinou um decreto deixando ele criar um coliseu, para ver as pessoas se matarem lá dentro. Heyna só deixou com uma condição, as pessoas só entrariam lá se quisessem. Schanken que dominou as artes ocultas do ressuscitamento, resolveu entrar. Ele é filho adotivo de Mortuus, que dominava a mesma arte. Nesse dia Schanken desafiou o pai, ele queria tomar o trono, mesmo Heyna não deixando. Mas no fim, Heyna concordou em Schanken ser rei, mas só se ele derrotasse o rei em campo. Não era para ter mortes envolvidas. Mas Mortuus revelou que era um grande de um desgraçado. Atacou o filho sem dó. A amada de Schanken assistia tudo aquilo, Schanken estava destroçando na batalha, e Mortuus resolveu matar a bela dama para abater o filho psicologicamente. Pelo jeito deu certo, mas por alguns segundos. Ele voou em cima do pai e o matou rapidamente, se tornou o rei, e dali em diante ele nunca mais amou ninguém, por puro medo. Ele não se comoveu com você Vena por causa disso, ele não sabe o que é amor. Mas eu te ajudo. Meu nome é Skittlux, prazer. – Skittlux explicou. – Quanto as catacumbas, a princesa Heyna precisa se fortalecer, por isso mata as criaturas. Ninguém sabe a verdadeira resposta para essa pergunta, eu acho que não é só para se fortalecer, mas dane-se o que penso. Se as catacumbas foram destruídas, milhares de criaturas estão livres, e vão vir aqui pro castelo buscar vingança.