O filme estava para acabar quando seu celular tocou.
Kell se esticou sobre Zmey para atender e depois colocou a tv no mute. Olhou para a tela, era seu chefe.
— Kellyne, me diga que o romance está pronto!
— Oi para você também, Eduardo.
— Quem é esse?
Kell imaginou se escutava bem.
Chen queria saber quem era seu chefe e fez a pergunta em tom frio? Seu Shiva fofo? Como assim? Zmey riu ao seu lado, mas continuou beliscando as últimas pipocas da vasilha de forma normal. Kell suspirou.
— Está quase pronto, chefe, por que? Você não ia buscar só daqui a cinco dias?
— Mudanças de planos.
— COMO?
Kell congelou, como assim???
— O editor chefe quer antes e não consegui convencê-lo, algo deu errado com o povo lá de cima, não sei bem, o fato é que eu preciso de tudo pronto até amanhã ao meio dia. Foi mal flor, mas corre aí por que se não, vamos perder dessa vez.
— Não!
— Te vejo amanhã!
Eduardo desligou e Kell se sentiu um pouco em choque.
Não sabia lidar com pressão, nunca soube, ainda mais com prazos, tinha seus prazos estabelecidos sempre por que do contrário entrava em pânico. Droga.
— Quem eu devo matar Kell bebê?
E ela viu Zmey se erguer, arrumar o cabelo com os dedos e depois conferir se a roupa estava ok, como se fosse sair para uma balada.
Ainda se sentia chocada em saber que tinha pouco mais de doze horas para terminar seus últimos quatro capítulos, só que havia um pouco de razão em sua mente gritando que Baek na rua era sinônimo de problemas.
— Sente-se Baek. Você não vai atrás de ninguém.
— Mas estão te deixando nervosa!
— Faz parte do meu trabalho, não saia de casa.
Ela o encarou e ele rolou os olhos antes de sentar ao seu lado e bufar.
— Você consegue fazer isso daí?
— Consigo, se me deixarem trabalhar.
— Vai escrever mais capítulos?
E Kyung estava diante dela, como uma sombra flash assustadora.
Kell riu, mesmo contra vontade.
Tinha que admitir que aqueles dois dias tinham sido mais divertidos do que todas as pequenas diversões que teve desde que nasceu. Eles de fato trouxeram cor a sua vida preta e branca.
Zmey a puxou até enrolá-la inteira nele, com os braços e pernas ao seu redor ele passou a fazer sons como se estivesse falando com um gatinho. Ela riu com o absurdo da situação. Ele era louco.
— Sim Kyung, vou terminar hoje.
Respondeu quase gargalhando quando ele passou a fazer cócegas.
Shinigami sorriu e então se levantou.
— O que quer que eu faça? Mantemos todos longe ou jogamos todos para fora?
— Sem violência, por enquanto eu preciso pensar... Para Baek!
— Ahhhh. Não - Respondeu ele até que ela começasse a se debater, daí ele parou – Melhor? Menos tensa?
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Oito deuses na minha vida
FantasyKell só queria uma ajuda para ter inspiração e conseguir terminar seu novo romance atrasado, mas ao invés disso, acaba se tornando a babá de oito deuses rebeldes em terapia obrigatória... Oito deuses, aprisionados em corpos humanos dentro da sua cas...