Chame meu nome

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T sentia ímpetos de socar alguém, mas se segurou.

Tudo o que ouviu de Kell a deixava ainda mais louca do que já se sentia.

Como aqueles caras metidos a deuses, ou o inferno que fosse, achavam que era donos dela, como assim? Ninguém era dono dela, ela era livre, solteira e desimpedida, obrigada.

— Vai me desculpar Kell, mas eu não sou nada disso daí.

— É consorte T.

— Que seja, olha, eu te entendo ok, quer ficar, tudo bem, mas eu não sou obrigada. Sabe, você é minha única amiga de verdade e eu não quero te deixar, não mesmo, mas eu não vou aceitar isso, ok, eu tenho minha vida amiga, eu sito muito.

Kell assentiu, T sabia que ela estava triste, mas era a Kell afinal, e ela era adepta do que cada uma sabe o que faz.

— Eu te entendo Thasya, mesmo. Olha, eu vou falar com Hades ok, ele é o chefe daqui, ele com certeza tem uma maneira de sair do submundo de forma que...

Sua amiga foi parando e falar e olhando para a entrada do palácio.

T também se voltou para lá e a primeira coisa que viu, foi um loiro alto, bonitão, vestido com uma túnica longa, negra com bordas vermelhas e vinho, um cara do tipo delicia de verdade, embora os cabelos fosse longos até a cintura, que era meio estranho, mas era um detalhe, aquele tipo de cara, vir para elas caminhando tranquilo no jardim estranho.

Kell estremeceu ao seu lado e ela olhou a amiga.

— O que?

Perguntou baixinho.

— Ele está mais lindo e alto, pela deusa!

— E quem é ele?

— É o Hades.

Elas interromperam a conversa sussurrada quando um latido alto se fez ouvir.

T se voltou de novo para o loiro gostoso e quase teve um surto.

Um monstro imenso, peludo, negro e bizarro com três cabeças imensas e com suas respectivas línguas babonas para fora, veio saltitando atrás do loiro, quer dizer, Hades sedução, como se fosse um poodle.

Aquilo era um cachorro? Que espécie de monstro de três cabeças saltitava como uma ovelha? E ele ficou ainda mais eufórico quando viu sua amiga, ele passou a latir e abanar o rabo com todos os olhos esbugalhados para ela em atitude claramente empolgada canina. Aquilo de fato era um cachorro?

O loiro parou as uns cinco passos delas e mandou o bicho, que deveria ser super assustador, mas que agia como um filhotinho idiota, sentar.

Ele fez obediente e de fato perdeu a credibilidade. Aquilo podia ser gigante, feio e estranho, mas era um filhote babão, fato.

— Cerberus queria te conhecer, neném – E a voz do loiro sou quente e sexy, senhor, ele era o homem da sua amiga, mas ela sentiu suas pernas estremecerem, que voz era aquela? Ele se voltou para a criatura bizarra – Diga oi para sua nova mamãe!

— Auuuu!

O bicho latiu voltando a pôr todas as línguas para fora e babar, de novo.

Era esquisito, mas até que engraçadinho, se ele não fosse um bicho enorme que poderia engolir ela fácil, fácil.

— Vem neném, ele vai ser bonzinho, toque nele.

E o loiro estendeu a mão para sua amiga e T pode ver a pele branca e aparentemente macia. A mão era grande, aquele homem era todo grande, maior que Sehun...

Oito deuses na minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora