Capítulo • 07

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Milla 🌻

Hoje é sábado e posso respirar tranquila por ficar uma semana longe desse lugar.

Trabalho a sextas e sábados, são os dias que abre aqui, na semana é apenas barzinho e alguns serviços privados que fazemos se quisermos. Obviamente eu não estou nesse meio.

Eu estava louca para chegar em casa e dormir em paz então sai dali o mais depressa possível ignorando o convite das meninas de ir ne um barzinho no leblon. Como se eu pudesse ostentar dessa maneira.

As ruas estavam vazias já que a essa hora todos estavam no baile. Estava frio e eu medrosa que sou apertava os passos para sair logo das ruas desertas.

Como Pedro estava de plantão tive de descer sozinha, não quero que ele se prejudique de novo por mim.


Mesmo a quadra sendo do outro lado era possível ouvir as batidas das músicas daqui, tentei focar nisso e esquecer o medo que estava sentindo por ser a única por ali.

Olhei no relógio que já marcavam 03:12 da manhã, suspirei pesado abraçando meu corpo sabendo da caminhada que teria que fazer ate minha casa.

Eu estava descendo pela rua do cubo onde tinha um beco que dava na rua de cima lá de casa.

— Fica calma Camilla, já esta chegando.

Entrei no beco apertando ainda maia os paços, o que de bom poderia ter ne um beco a essa hora?

Uma duas, três casas e eu já estaria no escadão que dava na rua de trás da minha casa.

Olhei para frente vendo duas pessoas escondidas na escuridão, firmei meu olhar e com a pouca luz que tinha e o tamanho das sobras pude ver que se tratava de dois homens. Um era obviamente bem mais alto e pareciam está brigando.

Minha consciência gritava um belo de um CORRA DAI CAMILLA mas eu curiosa que sou me fiquei pra ver oque era.

Os sons das vozes se tornaram altas, gritantes na verdade, mas era só uma voz que se sobressaia. Uma voz grossa e rouca que ne fez arrepiar, a outra voz sempre mais baixa como quem estava com medo.

Não conseguia assimilar oque era dito, apenas escutar o eco das vozes.

Vi que o homem que era maior, ao menos a sombra dele começava a andar de um lado pro outro e em alguns segundos estava encima do outro cara socando sem parar.

Podia ouvir os barulhos diz socos sendo desferidos nas faces do outro.

Tudo bem, agora séria a hora em que sairiam correndo e fingiria que nada vi. Isso se eu fosse uma guria normal e uma coisa que eu não sou é isso.

Como em um impulso meus pés começaram a correr em um sentido que eu não queria.

O homem estava tão focado em matar o outro aos murros que nem viu quando me aproximei

— PARA COM ISSO – Camilla porque abre a boca? – VAI MATAR ELE – digo puxando (ou tentando) tirar aquele brutamonte de cima do guri que parecia está desacordado, ou apenas fraco de mais parar reagir.

Em fração de segundos meu corpo foi chocado contra a parede e aqueles olhos furiosos pousaram sobre mim.

— QUEM TA PENSANDO QUE É – ouvi seu grito rouco sair de sua garganta como um leão feroz. Engoli seco vendo seu olhar drogado sobre mim. Ele estava visivelmente alterado, drogado. Seus olhos vermelhos e esbugalhados denunciavam isso. Seus músculos estreitos suas veias que pareciam estourar, seus olhos negros que transmitiam fúria. Oh meu Deus, ele era lindo. – VOCÊ SABE QUEM EU SOU? – Ouvi seu grito me atingir novamente fazendo com que eu voltasse para a realidade. Minha fodida realidade. Respondendo a sua pergunta não, não faço a minima ideia de quem ele é só sei que é um gato e que eu estou morrendo de medo.

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora