Capítulo • 41

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Milla 🌻

Uma semana havia se passado e eu finalmente estava de alta, isso foi uma notícia boa mas nem tanto assim, agora eu teria que ir pra Cdd e enfrentar tudo que eu tentei ignorar durante esses dias, e pra falar a verdade eu não queria Isso agora.

Eu estou ciente do meu erro, eu não deveria ter culpado o Thales nem expulsado Leão daqui, não deveria ter fechado os olhos e atirado sem direção.

Eu sei, a culpa não foi dele. Agora com a cabeça fria eu percebi que eu apenas havia sofrido as consequência de minha escolha, até porque eu escolhi ficar com Thales sabendo de quem ele era. E, mesmo fechando os olhos para o perigo que isso tinha uma hora ele bateu em minha porta. E foi assustador!

Mas, o fato de perceber meu erro e que nada disso é apenas culpa dele, não significa que eu esteja disposta a correr outro risco. Afinal, aquele infeliz não morreu e com toda certeza ele não é o unico inimigo de Thales.

Eu não quero ser a isca,
pra mais ninguém,
nunca mais.

Então, eu não vou voltar para ele e mesmo que isso me corte o coração, é necessário, pela minha saúde mental e física.

Tudo ainda dói muito aqui dentro, a dor ainda é muito viva. Eu ainda tenho pesadelos com aquele lugar e tudo que sofri, ainda me doi muito, e toda vez que fecho os olhos eu perco o ar ao lembrar das humilhações, dos abusos... Ainda pesa o peito lembrar que eu perdi meu bebê, e sem nem saber, eu carreguei minha vida dentro de mim, e ainda sem sequer saber, eu perdi.

- Alô? Yas? - Disse assim que ela atendeu. Eu não sabia oque fazer, ou como chegar no morro então minha ultima saída foi a Yas.

- Miga? Você tá bem? Que saudades. Desculpa não ir te ver, é que o Ateu...

- Tudo bem... Olha, eu preciso da tua ajuda.

- Pode falar.

- Eu ganhei alta, eu preciso que venha me buscar, tô sem dinheiro aqui. Eu não quero pedir os meninos, não fala nada pra eles por favor.

- Tudo bem, eu vou dar um jeito. Em qual hospital você está? - Passei o endereço pra ela e fiquei sentada na sala de espera, até ver ela entrar no hospital.

- Oi - Me abraçou - Demorei? - neguei

- Muito obrigada Yas - sorri

- Sem agradecimentos gatinha, vamos? O uber ta la fora esperando.

- Uber Yas? Tem certeza que é de confiança? - Meu coração apertou

- Ei, tá tudo bem, ele é meu uber particular, desde sempre.

- Tá... Ta bom..

- Eu senti tanta saudades - Me abraçou e eu retribui.

Assinei uns papéis na recepção e logo ja estava no carro com Yasmim.

- Pra cdd amigão - Disse ao entrarmos no carro. Senti meu coração ir diminuido, eu não suporto mais aquele lugar... Virei pra janela e fiquei olhando a paisagem passar rapidamente pela janela. - Ta tudo bem?

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora