Milla 🌻
Quando chegamos no hospital onde papai se trata o medico que cuida dele veio nos atender, colocaram ele em uma maca e o medico e enfermeiras o dirigiu a uma sala. Thales também foi atendido lá mesmo. Mesmo não sendo um hospital apropriado.
Eu fiquei lá sozinha sentada na sala de espera tentando me controlar, mas era impossível. Eu não cosseguia parar de chorar e tremer, minha pernas ficaram batendo uma nas outras e minha cabeça parecia que ia explodir.
Abaixei a cabeça apoiando ela nos meus braços e deixando que minha perna aguentasse o peso, tentei me convencer de que tudo ia ficar bem, mas dentro de mim tudo gritava que não.
Quando levantei a cabeça Thales estava me olhando de longe, ele estava com o ombro e parte do braço infaixado, e a com a camisa peneirada no outro ombro. Ele não deveria está fora do alcance dos médicos, aquilo parecia ser grave. Foi uma facada!
Quando ele notou que eu o vi saiu andando.
— Thales – O chamei indo ate ele – Thales me escuta por favor... – Segurei sua mão fazendo ele parar e me olhar
— Oque você quer Camilla? – Me olhou serio.
— Pra onde você está indo? Não pode ficar ir, precisa de cuidados medicos.
— Vai pra porra Camilla, vem dando uma de que se importa não. Vou ficar aqui pra que?Pra chamarem a polícia porque tem um homem esfaqueado? – Falou raivoso.
— Eu não tinha pensado nisso... – soltei como um sopro, sua raiva nitida me fazia querer chorar outra vez.
— Quando você pensa em algo além de si mesma? – Arquiou a sombracelha esquerda e se virou para sair.
— A gente vai poder conversar? Preciso te explicar oque aconteceu, eu...
— Sem tempo Camilla... Tu... – ele ia falar algo porem o medico chegou e nos cortou.
— Camilla? – A voz do doutor surgiu atrás de nos. Ele já me conhecia, pelo tempo que ele cuidou do meu pai.
— Ele ta bem? Ja posso ve-lo? – O olhei esperançosa, ele balançou a cabeça negativamente fazendo meu coração desparar. – Oque aconteceu Carlos? – O chamei pelo nome por puro nervoso.
— infelizmente o seu pai não resistiu, ele já estava fraco de mais Camilla. – Sua voz tentava me passar calma,mas não conseguiria.
— Oque? – senti o desespero tomar meu corpo.
— Infelizmente seu pai veio a falecer.
Aquelas palavras foram como um fim para mim.
Meu coração que antes corria agora já não sabia nem andar. Como se eu tivesse desmoronando de cima a baixo lentamente, dolorosamente. Mas, as lágrimas não cairam, talvez eu estivesse em choque, ou talvez eu simplesmente tenha me desligado naquele momento e não tenha me permitido sentir.
— Foi melhor assim, você sabe disso – Carlos acariciou meu ombro e se retirou.
Eu fiquei olhando para o chão branco, tentando aceitar oque tinha acabado de ouvi. Lembrei de minha mãe e o quanto foi dificil a perder e senti toda a dor daquela tarde em que ela se foi me dominar de novo, lembrei que papai estava la naquela tarde em que o meu coração parecia ter quebrado, colando cada pedacinho e me envolvendo em seus braços. E percebi que agora ele não estaria aqui me dizendo que iria passar, que ela estava bem agora porque ele também me deixou sozinha.
Abracei meu corpo sem tirar meus olhos daquele chão branco, tudo ao meu redor pareceu desaparecer, agora nada fazia sentido. Eu me via ali sozinha, sentindo tudo doer.
Senti meu corpo ser puxado e envolvido por ele, mas na verdade aquilo já não causou nenhum efeito em mim.
— Tudo bem, você pode chorar agora. – Foram suas palavras antes que eu desmoronasse bem ali, acolhida por ele.
— Foi tudo por minha culpa – Falei entre o choro – Ele foi embora por culpa minha Thales...
— Eu entendo de culpa Camilla, e você não merece carregar isso...
— Oque vou fazer agora sem ele?
— Não sei...
Tzão 🔥
Eu senti muita raiva dela naquele momento. Ver ela agarrada com aquele cara me fez ter nojo, porque no fim ela era exatamente como eu pensava. So não sei porque fui inventar de deixar alguém entrar na minha vida, já deveria saber que ninguém é digno.
Quando o velho dela caiu no chão eu me vi no lugar dela, quando meu pai não voltou naquela noite me senti perdido igual.
A neurose foi tanta que nem liguei pro cuzão que tinha fugido, tentei ignorar a dor no meu braço e puxar aquela porra mas doeu pra porra. Fui ate o cara e levei pro carro. Ela falou o hospital e eu guiei pra la rapidão, tava cheio de medo do velho ta morto e precisava parar o sangue do meu braço também. Quando chegamos tive que ir pra uma sala lá, tomei ponto e os caralho as quatro e infacharam, perguntaram como aconteceu e eu falei que foi uma briga com meu irmão, eles queriam chamar a policia mais dei uma de louco e sai.
Quando cheguei na recepção ela estava la sentada com o rosto apoiado no braço que estava apoiado na perna, ela não parava de tremer e eu sabia que estava tentando parar de chorar. Fiquei pensando se ia ou não ia, mas foi so ela me olhar com aquela cara de sonsa que eu me lembrei dela com aquele viado e senti toda ódio voltar. Ia meter o pé mas ela veio tonteando a frequencia.
Quando ia mandar ela tomar naquele cu dela o medico veio e deu a real lá, a mina ficou branca que nem um papel.
Ficou olhando pro chão, parecia ta perdida dentro de si mesma, seus olhos enchiam de agua mas nada caia. Eu ja senti essa dor de querer chorar e não fazer por medo de não ter ninguém pra te segurar caso você desabe. É desesperador.
Eu me vi mulecão mesmo, tentando ser forte e não chorar todas as noites com saudades dele.
Puxei a mesma para meus braços e foi o suficiente para ela não aguentar mais e chorar.
Minha raiva foi embora como pó, me vi la igual otario consolondo a mina que a acabou de me trair.
Uma filha da puta mesmo...
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Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀
FanfictionLivro 2 da série Amantes do tráfico. A felicidade pode ser encontrada nos momentos mais sombrios, se você lembrar de ascender à luz História de amor entre Thales e Camilla +16| Plágio é crime⚠