Capítulo • 27

3.8K 238 21
                                    

Tzão 🔥

O pagode estava rolando na quadra, o cheiro do churrasco só aumentava minha larica, a cerveja descia em minha garganta me fazendo desejar cada vez mais.

Os pagodes na quadra sempre foram meus preferidos aqui no morro, mas agora nem está sendo tão bom, ela não está aqui.

Queria poder ser livre para ter ela onde eu quiser, ao meu lado no meu camarote, nos meus pagodes. Poder beijar ela em público. Mas, não dá, não podemos, é perigoso.

Mas está com ela sempre tão escondido já está me cansando. Ainda mas agora que ela se mudou e não posso está indo na casa dela sempre, porque ao contrário da rua onde ela morava lá tem fofoca pra caralho. Sempre tenho que ir pela madrugada, com cuidado para ninguem me  ver entrar e ir antes de amanhecer para ninguem me ver sair.

Mas é tudo por ela, pela segurança dela.

Mas só eu sei o quanto queria ela aqui, e sei que ela também ta se cansando de não poder está.

— Pensando nela Tzão – Leão sussurrou no meu ouvido fazendo eu sai de meus pensamentos. Olhei pro mesmo que sorriu e tomou um gole da sua cerveja, enchi meu copo outra vez e comecei a beber.

— Vai se fuder Leão. – Respondi por vim.

— Não, decidi parar com isso. Vou virar padre e eles não tranzam. – Piscou.

Ignorei o comentario idiota dele, como sempre e continuei a curtir tudo aquilo até um vapor vir até mim.

— Ae patrão – Chegou tomando minha atenção. Em sua mão tinha um caixa. – Um muleque chegou dizendo que mandaram te entregar isso. – Estendeu a caixa.

— Ele falou quem foi? – Olhei a caixa desconfiado.

— Não, só falou que estava num carro preto perto da entrada do morro.

— Dá aqui. – Peguei a caixa do mesmo e me afastei das pessoas indo direção a saida.

— Ja vai? – Leão gritou.  Eu assenti de longe e contunuei meu caminho, do lado de fora subi na minha moto segurando firme a caixa arrastei pra minha casa.

Cheguei em casa e ja fui direto buscar uma faca, abri aquela porra na maior pressa. O cheiro podre invadiu minha narina assim que a caixa se abriu, era um peixe podre e ao lado dele outra caixa menor. Abri a mesma e nela haviam fotos e um bilhete. As fotos eram da entrada do morro, de alguns vapores e até de mim. Não sei como ele comseguiu essa porra, só sei que seja como for ele está perto. No bilhete estava escrito "Três meses" e assinado como Px.

Eu sabia oque aquilo significada, era um encontro marcado. Tipico do peixe que também nunca foi cuzão de pegar desprevinido. Com ele é olho no olho e isso eu reconheço, e três meses era o tempo que tinha para me preparar.

Meu sangue ferveu na hora, eu não fazia ideia doque fazer ou por onde começar, mas eu tinha que avisar ao Grego e o restante.

Sai dali avoado com a moto e chamei Leão que assim que me viu veio na direção.

— De coé – Leão falou enquanto se aproximava.

— Peixe mandou uma ameaça, disse que so temos três meses até a guerra.

— Quem diabos marca uma guerra?  – Debochou.

— Não vem com tuas graças Leão, o assunto e sério. – Olhei puto.

— E oque vamos fazer?

— Por  agora não sei. – Estraguei as mãos no rosto com força – Por agora convoca uma reunião com geral inclusive do outro morro.

—  Grego? – Rolou os olhos.

— Bora Leão, é pra ontem. – Falei antes de dar partida na moto  e sair dali.

Estamos na metade do livro pessoal, mas avisando logo que esse livro vai além de onde parou aquele ok? ❤

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora