Capítulo • 40

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Milla 🌻

Quando meus olhos se abriram, dando visão aquele teto branco, logo minha dor voltou também. Eu tive que fechar e abrir os olhos varias vezes para entender oque estava acontecendo.

Rolei meus olhos pelo local procurando por Larissa, então percebi que estava em um hospital. Meu peito se encheu de ar e as lagrimas  rolaram em meu rosto. Tinha acabado, estavamos livres! Mas... Como?

— Ai Deus, obrigada – Sequei minhas lagrimas com dificuldade.

— Boa Tarde senhorita –  Disse o médico ao entrar – Eu sou o ginecologista Eduardo – Sorriu gentiu. Um frio se passou pela minha espinha e  a vergonha tomou conta me fazendo chorar. – Ta tudo bem, isso não é culpa sua – Acariciou minha mão gentiu – Não precisa se envergonhar. Eu não julgo você, pelo contrário, quero muito te ajudar.

— Ok – Respirei fundo contendo o choro – E como acha que pode me  ajudar? – Fui completamente irônica e ele sabia. Oque aconteceu ninguém pode mudar.

— Primeiro, com a notícia de que inacreditavelmente a senhorita não contraiu nenhuma doença, oque é muito comum, ou arrisco dizer que é algo certeiro, nesses casos. – Pausou, ele estava preocurando jeito  de falar – Mas, eu tenho uma noticia ruim a lhe dar. – Olhei em seus olhos, confesso que meu coração apertou – Você estava Grávida  Camilla, estava quase completando um mês 

— Oque? – Olhei sem acreditar.

— Com todo o processo que você viveu, bom... Não tinha como  seu corpo sustentar o feto.

— Meu Deus – Levei a mão na boca tremula. – Que inferno – Chorei – Quando isso vai acabar? – Eu esfregava minhas mãos em meu peito em uma tentativa de parar a dor, mas ela não era física.

— Eu sinto muito... – Sem jeito ele me abraçou.

— Porque isso tá acontecendo comigo? – Disse em meio ao choro, mas eu não precisava de respostas, eu sabia bem oque eu tinha feito de errado.

— Ta tudo bem... Shiii – Ele tentava me acalmar

— Eu quero morrer...

— Não fala isso, você ainda é jovem. E por sorte, você não ficou com nenhum problema grave, mesmo estando com o corpo danificado, nada que remedios e um tempo de repouso não resolva.

— Eu não quero resolver... Eu quero morrer. – Me soltei do mesmo deitando na cama.

— Eu sinto muito, você vai passar por mais  alguns exames e ficar um tempo por aqui. Mas, logo podera ir embora. Eu vou passar remedios e pomadas que terá que  tomar por um tempo. E... – Suspirou – Eu sinto muito mesmo. – Disse antes de se retirar.

— Eu não aguento mais, que merda! – Chorei me debatendo na cama.

— Ei... Coe mano porque você tá assim? – Leão entrou na sala segurando meu  corpo contra o colchão – Vai se machucar Camilla, para com isso vei.

— Leão... Meu bebê  Leão... – Chorei.

Ele arregalou os olhos como sempre faz, e me soltou 

— Que papo é esse mina?

— Eu perdi um bebê... Um bebê meu e dele – Disse entre soluços 

— Que merda tiu, eu sinto muitão mesmo – Esfregou a cabeça

— Onde ele está? Eu preciso falar com ele.

— Ele não veio, ele... Ele disse que não vem.

— Oque? Quem me trouxe aqui?

— Eu e uns menor – Disse sem jeito.

— Eu to aqui a quanto tempo?

— Desde ontem.

— EU TÔ AQUI A DOIS DIAS E ELE NEM VEIO  SABER  SE EU TO VIVA? – O choro rasgou minha garganta.

— Esquenta pra isso não Milla, ele não vai vir porque não quer  te ver assim.  Ele ficou louco esses dias.

— Ele é um desgraçado Leão, isso é tudo culpa dele – Enxuguei minhas lagrimas – Ele é o diabo  do meu inferno. Se não fosse por ele, isso não tinha  acontecido.

— Também não é assim Camilla.

— Não é assim? – ri – EU PERDI O MEU FILHO POR PROBLEMAS QUE NÃO ERAM MEUS, EU FUI TORTURADA SEM  SEQUER SABER O PORQUE. E TUDO PORQUE ELE É RUIM, CHEIO DE GENTE  QUE ODEIA  ELE!

— Você sabia da vida do cara antes de ae envolver com ele – Veio  defendendo.

— Sai daqui Leão, eu não quero ter contato com vocês. E se tem um pingo  de consideração por mim, mande o Thales se fuder!

— Mina...

— Vai  embora Leão! – Pedi.

...

Tzão 🔥

— Filho Leão? – Senti meu corpo estremesser – Ela perdeu um guri nosso?

— Sinto muitão irmão. Mas, ela tá irada. Me expulsou do hospital disse que não quer contato com nos, que os bagulho e culpa tua...

— Eu disse que ela iria agir assim, por isso eu não fui.

— Talvez ela só ta se sentindo sozinha cara, vai la da uma força era o guri de vocês.

— Não. – Cocei a cabeça – Eu não vou suportar olhar na cara dela, e saber que tudo e culpa minha, principalmente agora que  perdemos um filho. Não vou aguentar ela olhar na minha cara com raiva, dizer as paradas que disse pra tu. Eu sei que a culpa é toda minha, que eu não devia ter entrada na vida dela. E, eu não sou forte ao ponto de lhe  dar com isso.

— Tu e o cara mais forte que eu conheço Ze, e a culpa não é tua. – Leão tentou me dar forças.

— Não Leão, eu nunca fui assim tão forte. – sorri para o mesmo e sai dali, subi na moto e arrastei pra casa.

Um filho, aquele desgraçado me tirou um filho...

Eu sou desprezível, minha mãe tinha razão, eu nasci para destruir tudo oque toco. E, ninguém vai me amar porque  eu não sou capaz de dar a felicidade a ninguém. Talves por isso Deus tenha tirado meu filho.

Ja perceberam que tem coisas aqui que não tinha citado no outro livro ne?

Então é  aqui que as novidades começam...

Curiosos?

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora