Capítulo • 51

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Tzão 🔥

Ele ainda estava lá, desacordado. Eu senti o ódio ferver em mim. Meu  rádio apitou e ouvi a voz do Leão.

— Ja pode descer bala nos cuzao lá? – Perguntou

— Ja deveria tá tudo na vala faz tempo. – Falei ainda olhando para peixe.

Não  precisou de muito, logo ouvi rajadas  e rajadas, eles estavam mortos.

— Quero todos na praça, leva o Pedro pra lá amarra no porte to levando o peixe pro jantar – Sorri.

Eu desamarrei ele do poste e mesmo desacordado arrastei ele ate a praça, no meio do caminho ele acordou.

— Que bom que acordou donzela, preparado pra sua morte.

Ele não falava nada, apenas grunia de dor sentindo seu corpo ser arrastado contra  o asfalto molhado.

Quando cheguei na praça meus homens ja estavam lá, Pedro estava no poste chorando feito uma mocinha, sua perna estava por um fio de cair. Joguei peixe na rodinha de homens e ele ficou olhando fixamente pra mim, eu sabia que ele não tinha medo de morrer, não se importaria. Mas, eu vou me encarregar que ele sofra.

— Alguem aqui gosta de comer cu? – Olhei pros meus  homens e todos negaram  rindo. – Poxa... – Peixe me olhou com os olhos arregalados. – Me arrumem uma cadeira, e uma vassoura. – Ordenei meus homens.

— Filho de uma puta – Peixe rosnou

Me sentei  na cadeira que haviam trago.

— Você vai pagar por toda a dor que causou a minha família – Segurei firme no cabo – Segurem ele. – Ordenei meus soldados. Eles o seguraram na visão escrota daquele  cara empinado para mim. Peixe se debatia, mas não implorava. Mas, ele só morreria quando o visse implorar. Suas calças foram ao chão tiradas por um vapor. Segurei firme aquilo e empurrei com todo o ódio que gritava em mim. Ouvi seu grito de desespero, mas não parei, ia cada vez mais fundo. Eu podia ouvir sua alma  ir embora junto ao seus gritos. – Eu  tenho ódio só de imaginar o quanto ela  gritou, o quanto chorou como você está fazendo agora – Fui mais fundo.

— Para seu  desgraçado – rosnou com a dor.

A cada vez que eu afundava aquilo, seu grito se intensificava. Era bom, era um calmante, para mim  é claro.

Quando meus  braços se  cansaram eu me levantei dali

— Façam uma fila, quero que todos participem  da diversão – Sorri. Um vapor veio sorrindo pegando o cabo da minha mão, não demorou muito para ouvir os gritos de desespero de peixe.

Do  outro lado estava Pedro, branco como um papel. Ele chorava e resmungava pela dor.

— Com você eu tenho que ser rapido – Parei em sua frente, ele ficou de cabeça baixa  – Se não ja ja morre pela  perda de sangue – Segurei em seu cabelo fazendo ele me olhar, seu  olhar  trasbordava ódio.

— Vai se fuder – Bateu os dentes nervoso.

—  Ta bom – Sorri, levei minha mão ate sua  perna enfiando toda ela em seu ferimento. Ele gritou feito uma piranha – Tá gostando agora? Sabe, assistir os gritos do peixe e os seus? Aposto que quando era minha mulher você achava mais divertido – Rosnei rodando minha mão  em sua carne. Pedro estava quase  desmaiando de dor – Você disse que ia adorar me ver  queimar vivo, mas adivinha? – Leão se aproximou de me entregando um galão de gasolina – Quem vai queimar vivo aqui é você – gargalhei – Incrível com as coisas mudaram não é?

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora