Capitulo • 38

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Grego havia ganhado alta, e com o empréstimo que eu fiz eles conseguiram comprar os armamentos necessários. Amanhã iriamos para guerra, minha vontade de matar aquele desgraçado era cada vez maior.

Estava tão  perto, eu iria me saciar.

O plano é simples. Leão, junto a meus homens irão invadir pela frente e Grego seus homens e eu iriamos, ao mesmo tempo, invadir pela mata na parte de trás.

Eu iria por trás porque sei que peixe não é burro de manter um cativeiro na parte exposta do morro. Então certamente, elas estão em algum galpão pela mata, e ele também.

Hoje eu sei que não vou pregar os olhos, a ansiedade não permite.

Amanhã meu bem... Amanhã eu te tiro dai e me vingo por tanto sofrimento.

Milla 🌻

A cada movimento que ele dava dentro de mim uma lágrima corria em meu rosto. Larissa, estava quase sem forças pela surra que tomou ao tentar me ajudar. Temo pelo bebê, pela vida dos dois. Eu fechei meus olhos e tentei fingir que aquilo não era real, mas a cada choque daquele homem contra meu corpo me fazia lembrar que eu realmente estava no inferno. 

Quando ele não foi mais homem, porém não estava satisfeito ele pegou uma barra de ferro, eu tentei pedir para que ele não fizesse mas antes que eu pudesse abrir a boca ele enfiou.

O grito de dor rasgava a minha garganta, isso era humilhante, doloroso, desumano.

Eu não me sentia mais humana, eu era apenas um animal qualquer em sua mão.

Ele ia cada vez mais fundo ultrapassando meus limites, e eu gritava, implorava. E ele, ria.

— PARA... AAA. – Pedia – NÃO... POR FAVOR – Eu juntava a pouca força que eu tinha para tentar fugir mais era inútil.

Larissa chorava feito uma criança, eu podia ver a pena em seus olhos. E certamente, ela podia ver a morte nos meus. Porque era assim que eu me sentia, morta.

Enfim, quando seus braços se cansaram ele me deixou.

Todos eram cruéis , em uma escala para ver quem me tortura primeiro, mas ninguém conseguia ser tão ruim quanto ele, peixe...

— Eu volto depois – sua voz diabólica se fez no local – Já estou enjoado dessa tua buceta, quando eu voltar quero o seu cu . – Sua mão segurava firme meu rosto, e ao parar de falar jogou minha cabeça contra o chão. Ele virou e foi embora fechando novamente aquele galpão.

— Lari...Larissa – Chamei fraca

— Eu não consigo ir até aí, minha barriga tá doendo... – Chorou.

— Tudo bem... – Cuspi o sangue que saia da minha boca – Eles não vão vir, vamos morrer aqui... – Chorei.

— Elas vão sim, não fala isso.

— Eu vou morrer... Eu não tô aguentando.

— Você tem que ser forte, eu não vou deixar a gente morrer aqui, nem meu filho. Se eles não vieram eu dou um jeito.

— Larissa... – Chamei. Eu estava sentindo meu corpo ficar mole, como se eu quisesse desmaiar – Eu quero morrer... Porque eles não atiram de uma vez?

— Vai ficar tudo bem... Eu vou aí ficar com você.

— Não, você não consegue.

— Eu vou. – Ela insistiu. Virei meu rosto para ve-lá enquanto ela se arrastava no chão  até ficar ao meu lado.

— Eu tô aqui... – Disse se deitando ao meu lado. – Meu Deus, você está queimando em febre. – Tocou meu rosto – A gente tem que sair logo daqui...

Vida de Bandido - 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐋𝐔𝐈𝐃𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora