Capítulo Vinte e Oito

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Pov Camila Cabello Sanz

Uma vez li um texto no tumblr que dizia:

"Já parou pra pensar como fica um coração depois de uma partida? Já imaginou como ele fica dividido e subdividido? Onde cada pedacinho é uma nova dor. Onde cada dor é uma nova lágrima. Tem coisa pior que ter que continuar sozinha depois do fim de dois? Ter que reaprender a fazer tudo, só que agora de maneira diferente. Agora tem que aprender a fazê-las sem ter a mão que te segurava antes. Sem ter a outra parte do peito. Sem ter companhia. Mas você deve estar pronto, deve ser flexível às decisões alheias. Hoje você tem alguém, mas uma hora ou outra ela vai te deixar. E ela vai assim, sem aviso prévio, sem retorno e sem passagem de volta, só com seu coração. Mas depois de tudo, você tem que aprender, por você ou por quem quer que seja. Tem que se acostumar que vai ser sempre assim. Que nesse vai e vem de pessoas, você vai ficando cada vez mais incompleta. Que a cada ida, vão te levar mais uma parte de ti. E que depois de um tempo, você vai estar mais nos outros do que em si mesma. Chega um tempo em que você se olha e não consegue ver mais nada além de um vazio. Onde você é o vazio ou o vazio é você. Parece que as coisas não são mais feitas pra você, ou é você que não está mais na forma das coisas. Te da a sensação que para você as coisas tendem a dar sempre errado, mas nem sempre é assim, uma vez ou outra você acerta. Uma hora você sorri certo. Sem jeito, mas sorri."

Eu sempre penso nessas palavras todas as vezes em que encaro Ally e Lauren.

Vou ser clara sobre algumas coisas, já que no meio de tantos acontecimentos como viver e morrer, acabou dissipando algum tipo de observações não clara sobre toda essa história.

Allyson Brooke perdeu a mãe quando era bem pequena. Nunca descobri o motivo, apenas foi e ponto! Cresceu com o pai e o irmão mais velho, esse no qual eu não sei o nome e Jerry (se esse for o nome do pai) trabalhava para uma agência governamental. Então, durante o primário, acabou conhecendo uma garota de dentinhos tortos, grandes olhos verdes e pele bem clarinha.

Lauren disse uma vez que Allyson havia sido a única pessoa na qual havia se identificado de uma forma que jamais soube esclarecer, como se a mulher baixinha houvesse nascido para ser sua melhor amiga. Elas não precisavam de palavras para compreender o que a outra queria dizer, nunca bringavam por mais que ambas tenham gênios forte e sejam extremamente inteligentes. Era como se ambas vivessem em um mundo só delas, onde usavam e abusavam de Ressonância Límbica para se comunicarem.

E eu só fui entender disso após muito pesquisar!

Ah, minha doce e linda Lauren...

Essa, que sempre valorizou suas raízes e soube impor suas vontades e lutou bastante para continuar em seu caminho, me avisou diversas vezes que não pensaria duas vezes ao impulsionar a carreira profissional de Allyson, por que convenhamos, Lauren poderia ter o mundo se quisesse...

E elas nunca escondiam nada uma da outra.

Até a minha chegada na vida de Lauren.

Até a vontade que a mesma tinha de beijar a minha boca e chupar a minha...

Bom, Lauren me confessou uma vez que sempre pensou sobre métodos de abrir o jogo com Allyson sobre o que tínhamos em segredos.

Eu questionei, certa vez. Eram amigas, não é? Qual o real problema em dizer abertamente que Lauren estava transando comigo? Até então, era casual. Certo?

Powerful - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora