Epilogo

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Sim, finalmente o último capítulo. Não lembro se falei aqui, mas estou trabalhando em um projeto novo, ele é Supercorp e se você tem interesse, a postagem começará quando esse capítulo sair. Então provavelmente ele já esteja disponível!

Provavelmente nunca mais voltarei a escrever alguma coisa sobre Camren, mas não irei descartar a ideia, já que nesse novo projeto terá aparição de Lauren e Camila por lá, já que é o mesmo universo alternativo. Forte abraço!

Boa leitura!

Point Of View of Lauren Jauregui

Algo que sempre devemos ter em mente é que, por maior que seja a raiva, a tristeza e o dano causado, a vingança nunca é a melhor saída para resolver um problema.

Eu nunca fui uma pessoa religiosa, muito menos minhas origens... Mas certa vez ouvi uma reflexão sobre a vingança que se encaixa perfeitamente no cenário catastrófico no qual Camila e eu nos encontramos.

Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia?

Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar.

Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia. Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem.

Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública. Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim.

O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade. Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir.

Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa. Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça. Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade.

Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão. A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas. Que não se impacientam quando são incomodadas. Que não se perturbam, quando são incompreendidas. Que não se queixam, quando são prejudicadas.

Verdadeira coragem é aquela de que o cristo nos deu o exemplo. Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-lhe no rosto e o crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão. Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se. Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas.

Sem perder a serenidade habitual, o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: "se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?"

Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande.

Se Jesus tivesse parado em meio à caminhada do Golgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como modelo de perfeição e de amor.

Powerful - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora