diário

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PoV's Alice

Minha Robin me entregou o diário achei tudo aquilo meio estranho mais aceitei ler elE, eu comecei pagina a pagina eu a cada vez sentia mais raiva, como alguém podia fazer aquele tipo de coisa com uma garotinha, os dias iam passando, os meses iam voando e os anos iam junto....

–Este é o ultimo que quero que leia - escutei a voz de Robin distante.


"Hoje sem duvida foi o pior dia de toda minha vida, ele estava doente eu fiquei feliz por saber que meu pai poderia morrer, era um jeito deu me ver livre de tudo isso, hoje ele chegou do medico, mais um de seus tratamentos que deu errado, não tinham mais o que fazer por ele mais minha mãe continuava insistindo pois ela era louca por aquele crápula, e este era um dos motivos para eu não contar o que ele fazia comigo quando estávamos sozinhos.
Hoje fiquei sozinha com ele uma vez, mais e como de costume ele subiu até meu quarto, e arrebentou a porta que estava fechada com apenas um trinco pequeno, minha reação...... eu não tive reação permaneci sentada na cama, como uma criança acuada, abraçada aos meus joelhos, sem me mover, piscar ou dizer uma palavra. E então ele me deu aquele sorriso sarcástico costumeiro, eu já sabia o qeu estava por vir, e que eu podia fazer, sempre que eu corri ele me apanhava e me batia dizendo que não adiantava eu fugir, então eu só espera pelos mal tratos que viriam a seguir, e ele sentou na cama, e ficou me olhando ele estendeu o braço e passou em minhas pernas e naquele momento me veiou aquele nojo e eu levantei da cama e fui para o canto da janela era impossível não tentar fugir. Então ele veio para junto de mim e me fez aquela cara nojenta e fez que não com o dedo, ele beijou meu pescoço me dando mais nojo ainda e me prensou na parede e eu senti seu corpo colado ao meu e a rigidez de seu membro me incomodando, e ele me virou de costas, e senti ele se afastar e vi quando ele jogou as roupas dele mais ao canto a esquerda, e retirou minhas roupas com a agressão costumeira, ele segurava meu pescoço com uma única mão e a outra encontrava-se na altura do meu quadril me apertando.... e me lembro das palavras dele com exatidão "cou lhe mostrar algo novo para que nunca se esqueça do seu papai" Senti seu membro me pressionando por trás, aquilo doía muito mais do que o que ele fazia de costume comigo, eu tentei fugir ele bateu minha cabeça na parede, o membro dele entrou dentro de mim me rasgando aos poucos e arrancando gemidos de dor e agonia, a cada movimento meu corpo batia de encontro com a parede "Eu gosto de coisas difíceis " ele falou e começou a empurrar seu membro contra mim com mais violência me fazendo chorar e gritar, logo ele saiu de mim com extremam violência e me jogou no chão, e veio para cima de mim, eu tentei resistir mais ele era mais forte, ele abriu minhas pernas com força e sem cerimonia entrou em mim, e tampou minha boca para abafar os gritos, eu chorava me sentindo a pior pessoa do mundo, eu era uma pessoa suja. Logo minha mçae chegou e tudo acabou, e eu me tranquei em meu quarto novamente e fui para o chuveiro na esperança que cada um dos meus milhares de banhos diários tirassem o cheiro daquele desgraçado do meu corpo, mais era inútil posi a cada lembrança que eu tinha dele me tocando eu sentia como se tudo acontecesse novamente e era como se o banho fosse a única coisa que me deixava pura novamente, as vezes eram dez, vinte ou até trinta banhos por dia, minha pele chegava a ficar vermelha e dolorida de tanto que eu esfregava, mais nunca resolvia


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Alguns meses se passaram e os abusos se tornavam mais frequentes e mais violentos, até que um dia eu estava apavorada era uma certeza eu estava gravida de seis meses, e quando minha mãe saiu com Henry eu fui a minha ginecologista que percebeu os abusos mais a fiz jurar sigilo medico, e junto com isso descobri que eu uma adolescente realmente estava gravida do meu próprio pai, eu peguei os exames e fui para casa, chorei boa parte da tarde mais eu com certeza não iria tirar esse bebe, pois ele não tinha culpa de nada que aconteceu, era apenas um ser inocente que eu criaria sozinha, se preciso fosse.
Mais como meu sossego não durava meu pai chegou e tirou os papei de minhas mãos e queimou um a um, e depois pegou seu telefone eu não entedia o que ele falava pois estava nervosa demais com medo de mais um abuso, logo ele desligou o telefone e em agarrou pelo braço e me arrastou para o carro sem dizer uma palavra, ele dirigiu alguns kilometro e log chegamos a um prédio. Ele saiu do carro e me falou " Você vai fazer um aborto " Eu tentei me negar mais ele disse " Se você não fizer o que eu mando, quando eu chegar em casa eu vou amarrar você em uma cadeira e fazer o mesmo que eu fiz com você com sua irmã e sua mãe e depois vou matar as duas na sua frente" O medo era maior e eu permaneci calada, só me lembro de toma ruma injeção e dormir, e depois acordar em uma maca cercada pelo meu sangue, e quando olhei para marca em meio as minhas pernas pedaços de uma criança, aquela foi a pior sensação do mundo e eu gritei de raiva, de ódio, meu filho ali mutilado, tirado de dentro de mim, uma criança inocente ele era um pedaço meu, e eu fraca e impotente não fiz nada para impedir, isso. O pior foi ter que voltar para casa olhar minha mãe e ter que sorrir, passar o dia olhando ele beijando minha mãe e fingir que nada aconteceu.



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Hoje ele morreu, me senti aliviada, mais as marcas que ele deixou em mim eram profundas de mais para irem embora junto com ele, seu cheiro era como se tivesse ficado impregnado em mim, nunca eu me livrava daquele perfume amadeirado misturado com suor dele, e o cheiro que ficava da tinta da caneta tinteiro que ele usava para escrever, ou o cheiro de tinta óleo que ficava dos quatros que ele pintava, mais a maior marca em mim era olhar para meu corpo mutilado, de cortes de faca, queimaduras de cigarro, agua quente, acido, cintos, cordas.... e para completar tinha meu filho que era um menino, e eu ia chama-lo de Antony, meu pequeno nem chegou a ver a luz do sol, saiu de dentro de mim puxado e arrancado aos pedaços. Ele que se dizia meu pai foi embora, mais deixou em mim sequelas, eu já suportava os toques de ninguém , os abraços de minha mãe que antes me acalentavam agora me apavoravam, os carinhos da minha fadinha Henry que me tranquilizavam, me deixavam assustada, qualquer toque havia se tornado agressivo demais para mim, e o pior era ter tudo isso guardado dentro de mim, e nunca contar a ninguém por vergonha, por me sentir cumplice de tudo isso, por me sentir suja, por não me sentir merecedora do amor e do carinho de ninguém, e por ter perdido a fé em tudo e em todos, se mulheres me assustavam homens me deixavam apavorada, eu agora só queria me trancar em meu quarto e nunca mais sair."


As palavras que ela escreveu eram torturantes, ver as linhas manchadas com suas lagrimas, ver o desespero em que ela se encontrava dentro da própria casa, ver tudo o que ela sofreu me deixava, eu não sei como me deixava, eu não sabia mais o que pensar de tudo isso eu não sabia o que dizer eu não sabia mais como agir com ela.
Eu fechei o diário me levantei da cama e entreguei ele na mão dela, eu estava confuso.
–Emm - ela me chamou e eu apenas balancei a cabeça em sinal de que eu estava ouvindo, ela veio para perto de mim mais eu estava em choque não podia abraça-la agora, então afastei - Como eu imaginei, eu não sou mulher para você, e agora que sabe de tudo também me acha um traste não é , sou suja ....
–Não é que ... - tentei segurar seu braço, acho que fui rude ao empurra-la
–Ei não tenha pena de mim, eu vivi minha vida inteira sem você, e sem ninguém sentir pena de mim posso termina-la de viver assim - ela se desvencilhou de mim, jogou o diário no chão e saiu do quarto em disparada, e eu chutei a cama, merda eu sou um idiota eu só deveria ter abraçado ela, claro que nada daquilo mudava meu amor por ela, eu só sentia um ódio incontrolável pelo pai dela.




Pov's Robin



Eu sai correndo do quarto eu nunca me senti tão envergonhada, e era obvio que todo o amor que ele dizia sentir terminaria ao saber de tudo que aconteceu comigo.
ele era lindo e podia ter a mulher que quisesse por que iria quere uma mulher como eu, que foi estuprada durante anos, para que ele iria me querer, eu não servia nem para mera diversão, eu era um lixo, eu era suja.... sai correndo em direção a floresta, não sei porque eu demorei tanto tempo para perceber que eu não devia estar viva que eu devia ter morrido, ou me matado depois do primeiro abuso, mais eu era covarde demais, muitas vezes eu tentei, tomava super dosagens de medicamentos mais logo eu covarde vomitava tudo com medo de morrer, e continuava ali sendo abusada dia a pos dia, e só me livrei dos abusos com a morte dele.
Mais eu já estava machucada demais tanto no corpo quando na alma, quando aquele desgraçado morreu, e o pior é ver que minha mãe ainda venera a imagem daquele calhorda, e acha que ele era perfeito, corri mais alguns metros e me deparei com a solução de todos os meus problemas, olhei para frente e caminhei até a ponto do precipício, olhei para baixo e sobre meus pés havia somente um paredão de rochas pontiagudas, mais o mais triste era saber que amanha quando saíssem as noticias de minha morte, as pessoas não sentiram tanto assim minha falta, afinal era insignificante para todos, as poucas amigas que tive me trocaram por pessoas mais interessantes, minha irmã sofreria mais logo esqueceria da irmã problemática que fingia ser saidinha mais que na verdade nunca namorou ninguém, minha mãe sentiria minha falta, mais logo eu seria apenas lembrança, e Alice ele com certeza amanha nem se lembrara mais de mim, fechei meus olhos......





POV's Regina


Acordei cedo ainda abraçada a ela, sem fazer cerimonia e logo acordei ela, que levantou sorridente e veio me beijar mais como o de costume eu desviei e ela já havia entendido o recado.

Arrumamos nossas coisas e voltamos para casa , no caminho eu não disse uma única palavra, e ela estendeu a mão e segurou a minha para me ajudar no caminho, e dessa vez eu deixei e seguimos assim até em casa e logo que chegamos Henry e Violet estavam parados próximo ao carro, e abraçados.

–Precisamos falar com vocês

–Estamos esperando - Henry respirou e começou

–Eu e Henry estamos noivos e compramos trinte e sete passagens aéreas para conhecermos o mundo, e vamos hoje.

–Você quer mesmo isso  ? - Perguntei a Henry que veio me abraçar com lagrimas nos olhos

–Sim, mãe eu quero

–Entao só me ligue e me mande cartas, tá?

–Tá - eu não podia impedi-lo de realizar seus sonhos e Violet era uma ótima garota e cuidaria dele, ficamos ali fora conversando mais alguns minutos e logo eles se despediram de mim e de Emma e partiram, nos demos mais dois passos a diante e Alice saiu nervosa com um livro na mão, e mal respirava direito.

–mae.. -ela disse com dificuldade

–O que ouve filha -  Emma a apoiou–Filha o que ouve - Emma perguntou preocupada.

–E a Robin ?

–O que tem com minha Robin - perguntei assustada

–Leia - ela me entregou o livro e eu sentei na escada

–Mais o que tem isso haver com a Robin?

–Leia as paginas que estão marcadas, é o diário dela, ela me mostrou - eu não entendi nada mais peguei o diário e comecei a ler as paginas que ela me mandou e não estava entendendo muito bem , até que as palavras começaram a fazer sentido e eu comecei a ler aquilo e lagrima brotaram de meus olhos, quanto mais eu lia mais eu me sentia impotente e burra, como eu não percebi isso, eu pintei de perfeito o homem que era um mostro, eu não vivia feliz com Emma pela memoria de um monstro, eu fui lendo e cheguei nas ultimas paginas e assim que li a parte do aborto de minha filha me veio uma náusea terrível e eu vomitei, e Alice me abraçou. - Como ele foi capaz?

–Regina eu sei que isso tudo é horrível mais a Robin sumiu temos que acha-la

-Alice me abraçou forte e eu respirei e limpei minhas lagrimas

–Você esta certa vamos

–O que eu perdi? - Emma perguntou

–Vou te explicar tudo quando voltarmos- saímos em disparada para dentro da floresta, andamos por alguns minutos até eu avistar Robin a mais de cinquenta metros da gente, meu pé doía demais, mas não importava.

–Merda ela esta na beira do abismo - Alice falou e saiu correndo, e meu coração estava em minhas mãos e sai correndo logo em seguida.


POV's Robin


Apenas de olhos fechados em um mergulho para escuridão .........

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